A escassez de alimentos e conflitos devem levar meio milhão de refugiados sudaneses a fugir para o Sudão do Sul nos próximos meses se Cartum não permitir que as agências de ajuda humanitária tenham mais acesso às suas regiões de fronteira, alertou o Programa Alimentar Mundial (WFP, na sigla em inglês).
O Sudão do Sul separou-se do Sudão em julho sob um acordo de paz de 2005 que pôs fim a décadas de guerra civil com o norte, mas os confrontos continuam em ambos os lados da fronteira traçada de forma precária.
Os Estados Unidos têm pressionado Cartum a permitir a entrada de mais assistência nos estados de Kordofan do Sul e do Nilo Azul, citando relatos de especialistas que dizem que mais de 250 mil pessoas poderão passar fome até março.
O embaixador do Sudão na Organização das Nações Unidas (ONU) minimizou as preocupações com relação a uma crise nos dois países, dizendo que a situação lá é normal.
O vice-diretor executivo do WFP, Ramiro Lopes da Silva, disse que mais de mil pessoas por dia atravessaram a fronteira para o Sudão do Sul na semana passada, assim como muitas pessoas foram da Somália para o Quênia no auge da fome que assolou o Chifre da África no ano passado.
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