Pelo menos quatro pessoas foram mortas e 29 ficaram feridas nesta quarta-feira em um atentado suicida, reivindicado pelo Taleban, com uma motocicleta em Cabul. O ataque atingiu um micro-ônibus que levava funcionários da agência de espionagem do Afeganistão para o trabalho. O agressor detonou seus explosivos em uma área próxima do local onde ficam os ministérios do governo, o Parlamento e os escritórios de companhias estrangeiras, segundo funcionários e testemunhas.
Um porta-voz do Ministério do Interior confirmou as quatro mortes, mas não está ainda claro se todas as vítimas eram funcionários do serviço de espionagem. Um porta-voz do Ministério de Saúde afirmou que 29 feridos foram levados ao hospital. "E um dos feridos está em estado grave", disse o funcionário da saúde.
A explosão ocorreu em frente a um hospital psiquiátrico e perto de uma mesquita, pouco antes das 8 horas (horário local). Zabihullah Mujahid, um porta-voz do Taleban, reivindicou o ataque contra os funcionários do Diretório Nacional de Segurança (NDS, na sigla em inglês).
O presidente afegão, Hamid Karzai, condenou o ataque. Segundo ele, foram mortos civis inocentes. Karzai disse que ataques suicidas em áreas onde estão centenas de civis, mulheres e crianças, são um ato "bárbaro, desumano" e contrário às leis do Islã. Segundo ele, essas ações só poderiam ser realizadas por "mercenários estrangeiros".
Uma segunda explosão no leste do país matou um outro funcionário do NDS e dois de seus guarda-costas. O ataque também feriu duas pessoas, segundo uma autoridade médica provincial. A bomba colocada à beira da estrada atingiu o veículo de um dos vice-diretores do NDS, na província de Kunar, leste do país, enquanto ele ia trabalhar nas proximidades da capital provincial Assadabad. O diretor de saúde provincial, Assadullah Fazli, confirmou as três mortes e os dois feridos. Há atualmente 140 mil soldados estrangeiros no Afeganistão, combatendo os militantes do Taleban e da Al-Qaeda. As informações são da Dow Jones.