Atirador de escola americana integrava uma gangue e dizia que ia atirar

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O estudante de 14 anos que abriu fogo dentro de uma escola em Cleveland, no estado americano de Ohio, na tarde de quarta-feira , era integrante de uma gangue da cidade onde morava, informou a rede de TV americana CNN. O adolescente Asa Coon, que se matou após os disparos, feriu quatro pessoas - dois adultos de 57 e 42 anos, e dois adolescentes de 17 e 14 anos. Uma quinta aluna, de 15 anos, caiu quando fugia do atirador e machucou o joelho.

Segundo a CNN, duas armas de calibre 22 e 38, além de três facas e munições, foram encontradas pela polícia ao lado do corpo do atirador.

Testemunhas contaram que o adolescente ficara irritado com a suspensão após uma briga no início da semana, na SuccessTech Academy. Armado, ele retornou no início da tarde ao colégio e começou a disparar no terceiro andar, onde ficam as salas de aula. Asa tinha uma arma em cada mão e atirava com ambas enquanto andava pelo corredor, segundo a TV local.

Os alunos começaram a buscar abrigo em salas quando o diretor anunciou pelo alto-falante "código azul". Mychael Wilmore-Smith, de14 anos, ouviu os tiros e o estudante dizer: "Calem a boca. Eu odeio esta escola". Ela dobrou um corredor e viu o namorado, ferido, no chão. E fugiu.

O aluno foi descrito como "estranho". As descrições iam de um rapaz solitário a gótico e adorador do diabo, que gostava de brincar dizendo que iria atirar. Ele mancava, o que levava alguns alunos a zombarem dele. A suspensão derivou de uma discussão com outro aluno sobre a existência de Deus.

Segundo um aluno entrevistado pela CNN, os colegas da escola acreditavam que se um dia acontecesse um tiroteio dentro do colégio, o responsável seria Asa Coon.

- Mas nunca achamos que isso fosse acontecer de verdade - disse o estudante à TV.

A CNN também informou que há poucos dias o irmão de 18 anos de Asa Coon disparou tiros contra meninas adolescentes que gritavam na porta de sua casa. A polícia foi chamada ao local, mas não houve mandado de busca à residência dos jovens, o que poderia impedir que o adolescente tivesse armas para atacas funcionários e alunos na tarde de quarta-feira.

Disparos em instituições de ensino americanas têm se repetido nos últimos anos. O maior ataque do tipo aconteceu em abril deste ano , quando um aluno sul-coreano matou 32 pessoas e depois se matou, na universidade Virginia Tech.