O conhecido ativista anticorrupção indiano Anna Hazare pretende iniciar uma greve de fome pública de 15 dias que vai marcar sua luta, e a de milhares de seus partidários, contra o governo do primeiro-ministro Manmohan Singh. Hazare chegou a um acordo com a polícia para realizar um protesto, a partir de sexta-feira, para pressionar a provação de uma lei contra a corrupção, após dois dias de impasse numa cadeia de Nova Délhi.
A bandeira de Hazare é apoiada por uma série de indianos cansados da corrupção no país. Dezenas de milhares de manifestantes marcharam pelas cidades do toda a Índia para mostrar seu apoio a Hazare e à sua exigência para um projeto de reforma da lei. Mas Singh acusou Hazare de tentar contornar a democracia.
Inicialmente, a polícia deu a Hazare permissão para realizar uma greve de fome em público por três dias, o que ele recusou, mas nesta quinta-feira foi permitido que ele realize o protesto por 15 dias numa local aberto na capital.
Centenas de partidários acamparam do lado de fora da cadeira e saudaram a notícia, jogando pétalas de flores para o ar enquanto gritavam "Anna venceu!".
"É a primeira vez que o povo desse país sente que tem poder. Eles sentem que não somos mais escravos. Somos cidadãos de um país livre. Nossa voz tem importância", disse Shanti Bhushan, ex-ministro do governo que ajuda a comandar o protesto.
A greve de fome deveria começar na tarde desta quinta-feira, mas o local ainda estava sendo limpo e as barracas para a acomodar e proteger das chuvas de monções dezenas de milhares de pessoas ainda estavam sendo armadas.
Hazare será levado em procissão na manhã de sexta-feira da prisão até o local do protesto, disse o ativista social SwamiAgnivesh após ter se reunido com el na cadeira. O estado de saúde de Hazare é bom, apesar do fato de ele não ter comido nada deste terça-feira, disse Kiran Bedi, outro ativista, afirmando que ele tem bebido apenas água.
A polícia de Nova Délhi deteve Hazare na terça-feira para impedi-lo de realizar sua greve de fome contra a corrupção, mas o libertaram horas mais tarde. Mas Hazare iniciou seu jejum dentro da cadeira e se recusou a deixar o local, exigindo que a polícia permitisse que ele realizasse um protesto público por tempo indeterminado. As informações são da Associated Press.