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Manifestações

Ativistas denunciam 15 mortes na Síria e EUA impõem mais sanções

Forças sírias mataram nesta quarta-feira (10) 15 civis na cidade de Homs, disse um grupo de ativistas, enquanto os Estados Unidos impuseram sanções a um banco e a uma empresa de telefonia celular da Síria.

O governo norte-americano disse que o mundo assiste "com horror" à repressão contra manifestantes pró-democracia, e o primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, que nesta semana enviou seu chanceler a Damasco, acusou o presidente Bashar al-Assad de estar "apontando armas contra o seu próprio povo."

Pelo menos 1.700 civis já foram mortos desde o início da rebelião contra Assad, em março, segundo ativistas. O regime sírio diz que 500 soldados e policiais foram mortos.

A TV estatal afirmou que o Exército se retirou da cidade de Hama, no centro do país, após dez dias de ocupação, período em que várias pessoas morreram. Tropas foram mostradas também deixando a cidade de Idlib, no norte.

Mas o Observatório Sírio de Direitos Humanos disse que uma força blindada matou pelo menos 15 civis num ataque no bairro residencial de Bab Amro, em Homs, na noite de quarta-feira.

"O bairro está testemunhando um massacre", disse à Reuters o diretor da entidade, Rami Abdelrahman.

Faz três meses que o Exército ocupa Homs, 165 quilômetros ao norte de Damasco, cenário de alguns dos maiores protestos contra o regime da família Assad, que já dura 41 anos.

Abdelrahman disse ainda que houve duas mortes num subúrbio de Damasco, e uma terceira, de uma mulher, perto da fronteira com a Turquia.

É difícil verificar de forma independente os relatos vindos da Síria, porque o governo expulsou do país a maior parte da mídia estrangeira.

Sanções dos EUA

Em Washington, a Casa Branca disse que o presidente norte-americano, Barack Obama, considera que a Síria estaria melhor sem Assad, e que os EUA pretendem continuar pressionando o regime sírio.

"Estamos todos assistindo com horror àquilo que ele está fazendo com o seu próprio povo", disse o porta-voz da Casa Branca Jay Carney.

Antes, o Departamento de Estado anunciou novas sanções, voltadas contra a infraestrutura financeira que ajuda a manter Assad no poder. Os alvos são o Banco Comercial da Síria (estatal), a sua subsidiária libanesa, o Banco Comércio Sírio-Libanês, e a operadora de telefonia Syriatel.

Já o premiê turco disse esperar que dentro de 10 a 15 dias Assad inicie as reformas políticas que prometeu.

Nesta semana, três potências regionais defenderam publicamente mudanças no país, deixando o Irã como único aliado importante do regime.

A Arábia Saudita condenou a violência e retirou seu embaixador de Damasco, e o governo do Egito -- onde em fevereiro uma onda de protestos derrubou o presidente Hosni Mubarak -- disse que a Síria se aproxima de "um ponto sem volta."

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