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“Meu filho disse que o desespero tomou conta dos passageiros; foram mais de quatro horas presos no trem.”
Maria da Graça dos Santos, mãe do meia Alex Santos, do Nagoya Grampus | Fábio Guillen/Gazeta Maringá
“Meu filho disse que o desespero tomou conta dos passageiros; foram mais de quatro horas presos no trem.” Maria da Graça dos Santos, mãe do meia Alex Santos, do Nagoya Grampus| Foto: Fábio Guillen/Gazeta Maringá

Serviço

Saiba como obter informações sobre pessoas no Japão:

- O consulado do Japão em Curitiba atende os casos de japoneses e alunos com bolsa de estudo do governo do Japão pelo telefone (41) 3322-4919. Em São Paulo o número é (11) 3254-0100 e em Brasília, (61) 3442-4200.

- O Itamaraty orienta brasileiros a ligar diretamente para a Embaixada brasileira em Tóquio, que funciona em esquema de plantão pelos telefones 00xx81-9069495328; 00xx813-5488-5665; 00xx813-3404-5073 ou 00xx813-3404-5211. O e-mail é o comunidade@brasemb.or.jp.

- O Núcleo de Assistência Consular a Brasileiros do Itamaraty em Brasília atende pelo telefone (61) 3411-8817.

- O governo japonês colocou no ar um site com informações sobre o terremoto, em japonês: www.kantei.go.jp/jp/kikikanri/jisin/20110311miyagi/index.html

- Operadoras de telefonia podem auxiliar na busca por desaparecidos em sites como http://dengon.docomo.ne.jp/top.cgi e http://dengon.ezweb.ne.jp/

- Buscador especial de pessoas do Google no Japão: http://japan.person-finder.appspot.com/?lang=en

Paranaenses que atuam no futebol japonês passaram por grandes apuros durante o terremoto seguido de tsunami que devastou diversas áreas no nordeste do país.Um dos maiores sustos foi vivido pelo meia Alex Santos, que é nascido em Maringá mas se naturalizou japonês para jogar na seleção daquele país. Segundo a mãe dele, quando a terra tremeu, o filho estava num trem-bala a caminho de Sendai, uma das cidades mais destruídas pelo terremoto.

"Foi um milagre, e estou muito feliz e aliviada por ter conseguido falar com ele", relatou Maria da Graça dos Santos. "Por telefone, meu filho contou que estava indo para Sendai jogar. Ele me disse que o trem parou e o desespero tomou conta das pessoas, porque ficaram presos por mais de quatro horas dentro do trem. Ele está bem e conseguiu chegar ao hotel", contou a mãe.

Alex Santos foi para o Japão ainda adolescente. Lá ele mora com a esposa, que está grávida, e dois filhos – todos estão bem, segundo a família. O meia, que hoje joga no Nagoya Grampus, já participou de duas Copas do Mundo jogando pelo Japão. Trinta dias atrás estava em Maringá, onde passou férias com os parentes.

Por drama semelhante ao vi­­vido por Alex Santos passou Nel­­sinho Baptista, técnico do Kashiwa Reysol. Segundo outro treinador, Levir Culpi, Nelsinho também estava dentro de um trem quando a terra chacoalhou. " O time do Nelsinho estava viajando para jogar e o trem deles balançou bastante", disse Levir, que dirige o Cerezo Osaka.

Pela tevê

Curitibano e com passagem pelos três grandes times da capital, Levir preparava um treinamento quando aconteceu o abalo: "Sentimos um tremor pequeno, mas não tivemos a mínima noção do tamanho da tragédia. Só depois quando chegamos em casa é que vimos pela tevê". Osaka fica a cerca de 600 quilômetros da região mais devastada. O treinador ainda se solidarizou com o povo japonês. "Apesar do tamanho do estrago, não houve um número grande de mortes porque o povo japonês é muito organizado e preparado para esse tipo de acidente. Tenho certeza de que o país vai se recuperar rapidamente."

"Sensação estranha"

Outro curitibano que atua no fu­­tebol japonês, o atacante Rodrigo Pimpão disse que sentiu a terra tremer por uns 20 segundos.

"Antes de começar o treino, quando todo o grupo estava no vestiário, sentimos uma sensação estranha e olhamos as roupas no armário balançarem. To­­dos levaram um grande susto. Senti uma sensação muito estranha e que nunca mais quero ter. Mesmo não tendo sido muito forte, eu tive medo. Felizmente, eu e meus companheiros estamos bem", contou o atleta, que é treinado por Levir Culpi.

Assim como o chefe, Pimpão observou que a cidade onde mora – Osaka – fica bem longe do local mais atingido pelo terremoto e pelo tsunami. "Este acontecimento foi longe da cidade em que moro, são quase dez horas de viagem", afirmou.

Por causa da tragédia, a rodada do final de semana do Cam­­peonato Japonês foi cancelada.

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