Campanha de Obama está recebendo diversos apoios na reta final de campanha. Democrata fez comício, nesta quinta, em Indianápolis, antes da viagem para o Havaí| Foto: Jim Young / Reuters

Enquanto o candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, recebeu nesta sexta-feira (24) o importante apoio do jornal New York Times, um dos mais influentes dos EUA, o candidato republicano John McCain voltou a atacar os planos do seu rival para a economia - segundo McCain, se eleito Obama aumentará os impostos e prejudicará a classe média. Atrás nas pesquisas de opinião, McCain fez nesta sexta um esforço para tentar conquistar o eleitorado do Colorado, um estado que elegeu George W. Bush presidente em 2000 e 2004, mas onde Obama agora lidera as intenções de voto com cinco pontos porcentuais de vantagem.

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Obama está no Havaí, onde visita a avó Madelyn, de 85 anos, que está muito doente. "Nós não estamos certos e eu não estou certo se ela conseguirá chegar ao dia da eleição", disse Obama à emissora ABC, em entrevista divulgada nesta sexta-feira.

Obama interrompeu sua campanha nesta quinta-feira para viajar para Honolulu, no Havaí, onde viveu na adolescência em grande parte criado pelos avós. Ele deve voltar à campanha no sábado, em Nevada.

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Mais cedo nesta sexta-feira, em editorial publicado, o jornal New York Times diz que "os EUA estão surrados e à deriva, depois de oito anos de liderança fracassada do presidente Bush. Ele está deixando para seu sucessor a carga de duas guerras, uma imagem global arranhada e um governo sistematicamente desnudado de sua capacidade de proteger e ajudar seus cidadãos".

"Duros como estes tempos são, a escolha de um novo presidente é fácil. Depois de quase dois anos de uma campanha árdua e feia, o senador Barack Obama, de Illinois, provou que é a escolha certa para ser o 44º presidente dos EUA", prossegue o editorial. O texto acrescenta: "O senhor Obama enfrentou com sucesso desafio depois de desafio, crescendo como líder e colocando substância em suas promessas iniciais de esperança e de mudança" e "tem a disposição e a capacidade para forjar o consenso político amplo que é essencial para encontrar soluções para os problemas da nação".

Quanto ao senador John McCain, que disputa a eleição pelo Partido Republicano (de Bush), o NY Times diz que ele "recuou mais e mais para a marginalidade da política norte-americana, ao conduzir uma campanha baseada em divisão partidária, luta de classes e mesmo sugestões de racismo. Suas políticas e visão do mundo estão presas no passado. Sua escolha para vice, tão evidentemente despreparada para a função, foi um ato final de oportunismo e mau julgamento que ofusca as realizações de seus 26 anos no Congresso".

Além do apoio do New York Times, Obama recebeu nesta sexta-feira o significativo endosso de Scott McClellan, ex-secretário de imprensa do governo Bush, à sua candidatura. McClellan foi o segundo ex-funcionário da administração Bush a apoiar publicamente Obama. O primeiro foi o ex-secretário de Estado Colin Powell.

McCain, nesta sexta-feira, voltou a atacar seus adversários. Em discurso em Denver, ele disse à multidão que "a resposta para uma economia em desaceleração não é aumentar impostos, mas isso é exatamente o que acontecerá quando os democratas tiverem o controle total de Washington", afirmou. As pesquisas indicam que Obama deverá vencer as eleições em todos os estados que votaram pelo candidato democrata à presidência em 2004, John Kerry, mais alguns estados republicanos que votaram por Bush, entre eles o Colorado. Obama vencerá as eleições se for vitorioso em todos os estados que votaram por Kerry e conquistar um dos grandes estados vencidos por Bush em 2004 - a Flórida ou Ohio, ou então vencer numa combinação de pequenos estados que votaram em Bush mas agora tendem a votar nos democratas. As informações são da Associated Press e da Agência Estado.

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