A ONU denunciou nesta terça-feira (2) que os ataques contra seus comboios que transportam ajuda humanitária vital para a população na Síria a impedem chegar a "milhões de sírios" que precisam dessa assistência de maneira urgente.

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O organismo reiterou por isso seu pedido de que se criem corredores humanitários que permitam que essa ajuda chegue de forma segura até zonas de combate e as que se disputam as forças do regime de Bashar al Assad e da oposição rebelde.

"Se tornou uma batalha levar ajuda de uma área a outra, já que nossos armazéns e caminhões são cada vez mais frequentemente atingidos pelo fogo cruzado", disse Muhannad Hadi, coordenador regional do Programa Mundial de Alimentos (PMA), um dos principais braços humanitários das Nações Unidas.

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Hadi explicou que a situação é particularmente crítica em algumas regiões dominadas pela oposição, a que o PMA tem acesso limitado e onde acredita-se que "milhões de pessoas têm necessidade urgente de receber alimentos".

Em março, três caminhões carregados com mantimentos para 17 mil pessoas e que se dirigia a Al-Hassakeh - cidade do norte da Síria controlada pela oposição - foram detidos por grupos armados em uma área rural de Deir Ez Zor. Os caminhões e motoristas foram libertados, mas a carga foi roubada.

Recentemente, um morteiro caiu sobre um armazém da sede da ONU na periferia de Damasco e os alimentos que estavam guardados lá não puderam ser recuperados devido aos combates nos arredores.

O PMA registrou 20 ataques contra seus comboios de alimentos, outros veículos e armazéns desde dezembro passado, apesar de manter seu objetivo de proporcionar ajuda alimentícia a 2,5 milhões de sírios neste mês.

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