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O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse nesta terça-feira que a falta de uma solução pacífica no conflito com os palestinos é uma ameaça mais séria ao futuro do Estado judeu do que qualquer "bomba iraniana".

Barak, dirigente do Partido Trabalhista, a facção mais moderada dentro do governo israelense, fez essas declarações durante conferência em uma universidade, transmitida por TVs locais.

O ministro viaja na quarta-feira ao Egito para conversas com o presidente Hosni Mubarak, provavelmente abordando os esforços para a retomada do processo de paz com os palestinos.

Segundo ele, "na ausência de uma solução" envolvendo a criação de um Estado palestino ao lado de Israel, "qualquer outra situação - e não uma bomba iraniana ou qualquer outra ameaça externa - é a ameaça mais séria ao futuro de Israel."

Israel, supostamente a única potência nuclear do Oriente Médio, tem defendido sanções mais incisivas do Ocidente para pressionar o Irã a abandonar seu programa nuclear, suspeito de esconder o desenvolvimento de armas atômicas - algo que o Estado judeu vê como uma ameaça à sua própria existência. Teerã alega reiteradamente que seu objetivo é apenas produzir energia para fins pacíficos.

As negociações entre israelenses e palestinos estão suspensas desde o final de 2008, quando Israel lançou uma ofensiva de três semanas contra a Faixa de Gaza, na qual 1.400 palestinos e 13 israelenses morreram.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, insiste que Israel pare completamente a ampliação de seus assentamentos na Cisjordânia, como precondição para que o diálogo seja retomado, e considerou insuficiente uma paralisação temporária dos assentamentos determinada em novembro por Israel.

Mas uma fonte palestina disse que Abbas está estudando uma proposta do enviado especial do governo dos EUA para a região, George Mitchell, pela qual os dois lados implementariam medidas recíprocas de construção da confiança para que o processo de paz seja retomado.

Israel também pediu a ajuda de Mubarak, governante do primeiro Estado árabe a fazer a paz com Israel, além de tradicional mediador na região.

Uma importante fonte israelense que acompanha o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu à Polônia, onde se comemoram os 65 anos da liberação do primeiro campo de extermínio nazista, disse anteriormente que "pode muito bem haver progressos no futuro próximo" no âmbito diplomático.

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