Autoridades americanas anunciaram ontem que Muhammad Youssef Abdulazeez, de 24 anos, que matou quatro militares na quinta-feira, em um ataque contra instalações militares no estado do Tennessee, mantinha um blog no qual pedia que as pessoas se “entregassem a Alá”. Abdulazeez, de origem kuwaitiana, morreu após ser atingido pela polícia depois de abrir fogo em dois centros militares em Chattanooga. Outras três ficaram feridas.
Artes marciais
Emissoras americanas informaram ontem que Muhammad Abdulazeez foi detido em abril por dirigir depois de beber e tinha uma audiência marcada no final deste mês. O autor do ataque a duas bases da Marinha americana era lutador de artes marciais, pertencia a uma família de classe média e seu pai, um kuwaitiano, foi incluído e mais tarde retirado de uma lista de vigilância do FBI por laços com o terrorismo.
“Irmãos e irmãs, não se enganem por seus desejos, esta vida é curta e amarga, e a oportunidade de se entregar a Alá pode passar despercebida”, diz a primeira das mensagens no blog, que descreve a vida como uma “prisão” e pede não que não deixem que a sociedade “desvie” seguidores do Islã.
O FBI está investigando as viagens de Abdulazeez ao Oriente Médio. Os investigadores tentam determinar o motivo de uma viagem à Jordânia, onde suspeitam que pode ter recebido treinamento de radicais.
Segundo fontes ligadas à investigação citadas pelo jornal “The Washington Post”, Abdulazeez esteve por vários meses na Jordânia em 2014. Segundo o canal “Fox News”, ele também poderia ter ido ao Iêmen.
Vítimas
As identidades dos mortos durante o ataque foram divulgadas ontem. Morreram os sargentos Carson Holmquist, Thomas Sullivan e David Wyatt, além do cabo Skip Wells. Eles trabalhavam em um centro de operações da Marinha, o segundo local invadido pelo atirador após abrir fogo em um centro de recrutamento da Infantaria da Marinha , onde deixou um ferido.
Sullivan era um veterano das Forças Armadas americanas e serviu no Iraque por duas vezes. Depois de sobreviver à batalha de Abu Ghrain, ele ganhou a condecoração Coração Púrpura, dada a militares feridos ou mortos durante o serviço.
“Ele foi baleado tantas vezes ao longo dos anos, mas isso (a morte) aconteceu exatamente em casa, nos Estados Unidos”, disse um amigo dele das Forças Armadas, Josh Parnell.
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