A Força Aérea dos Estados Unidos enviou uma versão atualizada de seu avião espião U-2 para a Coréia do Sul, mas uma autoridade militar disse, na segunda-feira, que a decisão não tinha relação com o possível lançamento de um míssil na Coréia do Norte.
Nos últimos dias, autoridades americanas disseram haver provas - como fotografias de satélites espiões - que indicavam que a Coréia do Norte poderia estar se preparando para um lançamento teste de um míssil de longo alcance. Washington e outros países advertiram Pyongyang que tal lançamento representaria um grave perigo para a segurança regional.
Um comunicado da Força Aérea dos EUA disse que um U-2S Dragon Lady aperfeiçoado chegou na base áerea de Osan, na Coréia do Sul, no dia 14 de junho.
A cabine da aeronave oferece mais informações para os pilotos do que outros aviões de sua classe, bem como características de segurança melhoradas, informou o comunicado.
- A chegada (do avião) é parte de uma transferência previamente planejada - disse uma autoridade da força aérea na Coréia. Ele não deu mais detalhes.
A agência de notícias Yonhap, de Seul, disse que mais dois aviões U-2 aperfeiçoados podem estar seguindo para a Coréia do Sul para substituírem aviões antigos.
Os Estados Unidos posicionaram, há tempos, aviões U-2 em Osan, usando-os para manter uma vigilância estreita sobre a Coréia do Norte, por meio de missões de reconhecimento em altitudes extremamente elevadas.
Pyongyang freqüentemente reclama dos vôos espiões. Na semana passada, o governo norte-coreano afirmou que as missões de reconhecimento aumentavam a chance de um confronto aéreo com os EUA.
A Agência Central de Inteligência (a CIA) colocou o avião em uso e o operou em suas missões até que a Força Aérea dos EUA assumiu o controle, em 1974. Seu primeiro vôo oficial aconteceu em 8 de agosto de 1955.
O avião tem sido usado para reunir informações de inteligência em cada conflito importante e período de tensão envolvendo os EUA.
O modelo U-2 utiliza uma extensa variação de sensores para coletar informações, que vão da amostras do ar a fotografias aéreas para as forças armadas e a inteligência dos EUA.
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