A tripulação do avião que caiu na noite desta quinta-feira (12) em Buffalo, no estado de Nova York, comentou, antes do acidente, que havia um "significativo acúmulo de gelo" nas asas e no parabrisa do aparelho, informou a agência EFE.
"Nos últimos 30 minutos de gravações, a tripulação comentou sobre o significativo acúmulo de gelo, (...) embora o sistema para eliminá-lo estivesse acionado antes dessa conversa", afirmou nesta sexta-feira (13) o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança no Transporte (NTSB, na sigla em inglês), Steve Chealander.
Em entrevista coletiva, o porta-voz disse que a informação foi obtida das duas caixas-pretas recuperadas do avião, que "se encontram em bom estado e a partir das quais já foram feitas análises preliminares".
O voo da Continental, que decolou do aeroporto de Newark, em Nova Jersey, e pousaria em Buffalo, estava a poucos minutos de seu destino quando caiu sobre uma casa no bairro residencial de Clarence, matando 50 pessoas.
As gravações revelaram ainda que, momentos antes da queda, na "cabine também se comentou que havia neve e nevoeiro", e que, "a uma altura de 16 mil pés", os pilotos "notaram que a neblina aumentava, motivo pelo qual pediram autorização para descer a 12 mil pés".
O porta-voz do NTSB também contou que o trem de pouso estava abaixado um minuto antes do fim das gravações das caixas-pretas e que, 20 segundos depois, os flaps (aerofólios situados na parte posterior das asas) já estavam preparados para a manobra de aterrissagem.
Segundos antes de cair, o avião deu várias "sacudidas bruscas", o que fez a tripulação tentar levantar o trem de pouso e desativar os flaps, disse Chealander, acrescentando que as caixas-pretas agora serão enviadas a Washington, onde serão investigadas mais a fundo.
O porta-voz do NTSB também confirmou que 50 morreram no acidente.
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