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Tragédia

Queda de avião mata 50 pessoas nos EUA

Queda ocorreu em área residencial, no subúrbio de Buffalo, a cerca de 11 quilômetros do aeroporto | Gary Wiepert/Reuters
Queda ocorreu em área residencial, no subúrbio de Buffalo, a cerca de 11 quilômetros do aeroporto (Foto: Gary Wiepert/Reuters)

Um avião de passageiros caiu na noite de quinta-feira sobre uma casa a 16 quilômetros do aeroporto de Buffalo, no Estado de Nova York, explodindo em chamas e deixando 50 mortos.

O voo operado pela companhia Colgan Air para a Continental Connection ia de Newark (Nova Jersey) para Buffalo, com 44 passageiros e 4 tripulantes a bordo. A Administração Federal de Aviação (FAA) disse que havia uma mistura de chuva e neve na hora do acidente, no subúrbio de Clarence Center.

Todos as 49 pessoas no avião morreram. A outra era moradora da casa, mas duas outras escaparam com ferimentos leves.

Inicialmente, acreditava-se que havia 48 pessoas na aeronave. Mas um piloto de folga que pegou carona do voo fez o número de mortos subir.

Chris Collins, administrador do Condado de Erie, disse que uma pessoa morreu dentro da casa e outras duas escaparam com ferimentos leves.

Em entrevista coletiva na manhã de sexta-feira, Collins disse que a causa do acidente ainda não foi determinada. O avião perdeu contato com a torre pouco antes da queda, e não está claro se ele relatou algum problema mecânico prévio. "É notável que só tenha atingido uma casa, por mais devastador que tenha sido. Poderia facilmente ter eliminado todo o bairro", disse Dave Bissonette, coordenador de emergência na localidade de Clarence.

Ele disse ter ouvido um forte ruído quando o avião caiu, a cerca de 1,5 quilômetro da sua casa. "A única peça reconhecível que sobrou do avião era a cauda", relatou.

A Colgan Air disse que o avião era um Bombardier Dash 8 Q400, turbo-hélice com capacidade para mais de 70 passageiros, usado na aviação regional. A Colgan Air é uma subsidiária da Pinnacle Airlines.

Continental Connection é uma marca sob a qual diversas companhias aéreas operam voos regionais comercializados pela Continental Airlines, que divulgou nota lamentando o acidente e oferecendo auxílio à Colgan Air e aos envolvidos.

Investigadores do Conselho de Segurança no Transporte Nacional vão procurar dados do voo e as gravações das vozes dos pilotos, para tentar descobrir o que causou a queda.

As gravações da torre de controle mostram que um controlador de voo chamou em vão para que o piloto respondesse. Então, pediu ajuda para descobrir o que estava acontecendo. "Aqui é a comunicação no chão. Precisamos falar com alguém pelo menos cinco milhas a nordeste... A polícia estadual ou o departamento do xerife. Precisamos saber se há algo no chão", disse.

"Uma aeronave estava há cinco milhas e, de repente, não recebemos mais resposta".

Outra voz disse: "Tudo o que posso dizer é que a aeronave estava em sua marca e agora não nos comunicamos mais com ela".

O controlador então disse a outros aviões que o Dash 8 "não chegou ao aeroporto".

NEVE E VENTO

As condições climáticas eram as habituais para esta época do ano no interior de Nova York - neve, temperatura em torno de zero grau Celsius e vendo moderado, segundo Bissonette. A Colgan Air disse que o voo Continental 3407 caiu por volta de 22h20 (1h20 de sexta-feira em Brasília).

O Departamento Nacional de Segurança dos Transportes deve enviar na manhã de sexta-feira uma equipe de Washington para investigar o acidente.

O congelamento será um dos primeiros fatores avaliados. Especialistas dizem que mesmo uma pequena formação de gelo nas asas já é capaz de afetar a aerodinâmica, embora aviões comerciais sejam equipados com sistemas de degelo.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse estar "profundamente entristecido" com o acidente. Já o chefe-executivo da Continental Airlines, Larry Kellner, enviou suas condolências às famílias das vítimas.

Trata-se do primeiro acidente aéreo fatal nos EUA desde agosto de 2006, quando um número similar de pessoas morreu na queda de um jato da Comair no Kentucky, aparentemente por falha humana.

Desde os atentados aéreos de 11 de setembro de 2001 no país, a aviação comercial dos EUA registra seu período de maior segurança, transportando meio bilhão de passageiros por ano com apenas três acidentes fatais, todos eles envolvendo pequenas companhias regionais.

Há menos de um mês, um avião com 155 pessoas a bordo fez um pouso de emergência no rio Hudson, em Nova York, depois de se chocar contra pássaros. Todos sobreviveram.

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