A força aérea paquistanesa atacou o Taliban no Waziristão do Sul um dia depois de o exército dizer que capturou uma cidade estratégica na sua aproximação da principal base militante.
Ao mesmo tempo, separadamente, atiradores de motocicleta assassinaram o ministro da Educação no governo provincial do Baluchistão, um região rica em gás natural no sudoeste do país. Rebeldes separatistas estão fazendo uma revolta na região há décadas.
O ataque do exército à região tribal dos pashtuns no Waziristão do Sul, na fronteira com o Afeganistão, está sendo visto como um teste da determinação do governo de derrubar os islamistas responsáveis por uma série de ataques contra alvos do governo e outros.
Os Estados Unidos e outros poderes que estão às voltas com o crescente conflito no Afeganistão querem que o Paquistão elimine bases dos militantes no noroeste do país.
De acordo com autoridades de segurança, o mais recente bombardeio na ofensiva que já dura uma semana foi contra bases militantes nos vilarejos de Sam, Badr e Ladha.
"Foi um bombardeio intenso seguido de um ataque com helicópteros armados," disse um oficial da inteligência que recusou-se a ser identificado.
Vários esconderijos dos militantes foram destruídos no bombardeio, disse um oficial do governo, acrescentando que ele não tinha informações sobre o número de mortos. Não havia porta-vozes das forças armadas disponíveis para comentários.
O Waziristão do Sul é uma região montanhosa conhecida por ser um centro mundial de militância islâmica. Guerrilheiros estrangeiros, inclusive árabes e uzbeques que apóiam a al-Qaeda, estão lutando ao lado do Taliban.
Os soldados estão avançando sobre a principal área controlada pelos militantes vindos de três direções.
As tropas que estão avançando do sudeste já tomaram o controle da cidade de Kotkai, onde nasceu o chefe Taliban do Paquistão Hakimulla Mehsud, e onde mora Qari Hussein Mehsud, um alto oficial do grupo conhecido como o mentor dos homens-bomba.
A pequena cidade é uma passagem para importantes áreas sob controle dos militantes, e autoridades da inteligência na região disseram que as tropas do governo mataram ao menos 15 militantes em confrontos intensos à medida que avançavam para além de Kotkai.
Repórteres não têm acesso à área.
Aproximadamente 150.000 pessoas já fugiram do Waziristão do Sul, mas serviços humanitários dizem que não esperam que o êxodo se torne uma crise humanitária, como o que aconteceu numa ofensiva no vale de Swat neste ano.