O Banco Mundial citou em um relatório estimativas entre US$ 122 bilhões e US$ 235 bilhões em danos provocados pelo forte terremoto deste mês, que foi seguido por um tsunami. Segundo a instituição, a economia do Japão vai temporariamente se desacelerar após o devastador terremoto deste mês, mas o crescimento provavelmente voltará a se acelerar no segundo semestre do ano.

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Os cálculos citados pelo relatório correspondem a entre 2,5% e 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Do total em danos, de US$ 14 bilhões a US$ 33 bilhões provavelmente serão cobertos por seguros privados, afirmou o Banco Mundial. Em entrevista ao portal chinês Sina.com, Justin Yifu Lin, economista-chefe do Banco Mundial, afirmou que os danos do desastre devem somar entre US$ 100 bilhões e US$ 230 bilhões. Em comparação, o forte terremoto de 1995 em Kobe gerou despesas de US$ 100 bilhões, ou cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB).

"Nós esperamos que o impacto econômico desse desastre sobre a região do Leste da Ásia tenha vida curta", afirmou no relatório Vikram Nehru, economista-chefe do Banco Mundial para a Ásia. "Nós esperamos que o crescimento no Japão se acelere conforme os esforços de reconstrução se acelerarem."

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A instituição acrescentou que uma desaceleração temporária da economia japonesa terá impacto modesto sobre as economias de outros países asiáticos, que são grandes parceiros comerciais do Japão. Se a expansão do PIB japonês se desacelerar entre 0,25 e 0,50 ponto porcentual, diz o Banco Mundial, as exportações de países em desenvolvimento da região - como Indonésia e Filipinas - podem se desacelerar em até 1,5%.

A economia japonesa é a terceira maior do mundo. O país é um grande produtor de peças automotivas e eletrônicas e deficiência de componentes importantes dessas duas indústrias surgiram depois do terremoto, provocando aumento nos preços de itens como chips de memória.

O Banco Mundial estima que, com ajustes pela inflação, a economia da região vai crescer cerca de 8% tanto em 2011 como em 2012, depois da expansão de 9,6% no ano passado. O relatório também observou que cerca de 25% da dívida externa dos governos asiáticos é denominada em ienes. Se o iene japonês se valorizar, esses países terão de pagar mais pelo serviço da dívida.

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