O ministro de Defesa de Israel, Ehud Barak, pediu a convocação de uma reunião urgente com os chefes de segurança israelenses, dizendo que Israel "não pode aceitar" um ataque palestino. Nesta terça-feira (27), militantes palestinos detonaram uma bomba perto de uma patrulha do Exército de Israel na fronteira com a Faixa de Gaza, matando um soldado e ferindo outros três no primeiro confronto desde que o cessar-fogo entre Hamas e Israel foi decretado mais de uma semana atrás. Soldados israelenses cruzaram a fronteira em busca dos atacantes.
"Nós iremos responder, mas não faz sentido dar detalhes", disse Barak em comentários divulgados por seu escritório. O incidente prejudicou a calma que havia se estabelecido desde que Israel encerrou a ofensiva de três semanas no dia 17 de janeiro. Desde a retirada de suas tropas, Israel vinha ameaçando com fortes retaliações caso a trégua fosse violada.
Depois da explosão da bomba, era possível ouvir forte troca de tiros ao longo da fronteira e helicópteros israelenses sobrevoaram a região disparando, disseram testemunhas palestinas. Um jato israelense quebrou a barreira do som e provocou um estrondo sobre a cidade de Gaza pouco depois, possivelmente como advertência.
O Exército israelense disse que o alvo da bomba era uma patrulha israelense nas proximidades da comunidade fronteiriça de Kissufim. Não ficou claro se a bomba foi plantada depois da declaração de cessar-fogo ou se era um dispositivo antigo. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque.
Pouco depois da explosão da bomba, um fazendeiro de 27 anos foi morto por fogo israelense na fronteiras a vários quilômetros de distância, segundo o médico Moaiya Hassanain, do Ministério da Saúde de Gaza. Outros dois palestinos ficaram feridos. Militares israelenses não fizeram comentários e não está claro se há relação entre os dois incidentes.
Israel e militantes de Gaza interromperam os confrontos desde que Israel encerrou sua ofensiva, que teve como objetivo declarado pôr fim aos ataques de foguetes contra o sul israelense. Israel anunciou um cessar-fogo unilateral no dia 17 de janeiro, seguido por anúncio similar dos militantes do Hamas. A ofensiva israelense matou 1.285 palestinos, mais da metade civis, de acordo com dados do Centro de Direitos Humanos Palestino. Treze israelenses, dentre eles três civis, também foram mortos durante os confrontos.
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