Um vídeo impressionante mostra pescadores turcos resgatando um bebê de 18 meses após o naufrágio de um barco na perigosa rota pelo mar para tentar desembarcar na Europa. O garoto, identificado como Muhammad Hasan, e sua família tentava chegar à Grécia, mas a viagem foi interrompida e ele passou quase cinco horas antes de ser resgatado. O incidente, que ocorreu na quinta-feira passada (22), deixou dois mortos e vários desaparecidos. Neste domingo (25), um novo caso terminou em tragédia, e uma mulher e duas crianças morreram após uma embarcação bater em rochas na ilha grega de Lesbos.
No filme, é possível ver o momento em que os pescadores da cidade turca de Kusadasi encontram o garoto flutuando na água. Inicialmente, eles pensaram que o menino estava morto, até que ele começou a fazer um barulho. Foi quando eles o retiraram da água e o levaram para um barco, onde começaram a fazer os primeiros cuidados.
“Ele estava pálido e suspeitamos que tinha sofrido hipotermia porque ele estava frio e suas mãos e pés estavam brancos. Também estava espumando pela boca. Nós o cobrimos com um cobertor e tentamos resgatá-lo”, contou Recep Evran, o capitão do barco, ao jornal Hürriyet, depois do incidente na quinta-feira.
Evran contou ainda que, após fazer um chamado às autoridades costeiras, um navio de reboque chegou para ajudá-los com a ocorrência. Muhammad agora passa bem e já foi liberado do hospital da cidade de Izmir, depois de ser tratado inicialmente em Kusadasi.
Os pescadores também ajudaram a retirar outras 15 pessoas da água, incluindo uma mulher grávida. Segundo eles, o grupo passou cerca de cinco horas flutuando até que foram encontradas pelo barco de pesca. O naufrágio deixou ao menos dois refugiados mortos e 16 desaparecidos.
A mãe do bebê, Lorin Halef, de 23 anos, disse que os traficantes tinham prometido um barco maior na viagem até a Grécia e agradeceu aos pescadores. “Queríamos ir para a Grécia. Vivemos um pânico enorme. Mas (os pescadores) nos salvaram, eu não posso agradecê-los o suficiente”, disse Lorin, que contou que seu marido permanece na Síria.
A história dessa família síria é semelhantes a de muitas outras que tentam uma vida melhor na Europa depois de fugir da guerra em seus países no Oriente Médio e África. Só neste ano, mais de meio milhão de pessoas se arriscaram na perigosa rota pelo Mediterrâneo, e mais de 2,6 mil se afogaram, segundo a Organização Internacional para as Migrações.
Nova tragédia
Neste domingo, um novo naufrágio terminou em tragédia, com a morte de uma mulher e duas crianças afogadas após um bote inflável transportando 63 imigrantes bater em rochas da ilha grega de Lesbos, disseram autoridades gregas. Sete pessoas ainda estão desaparecidas, mas o restante conseguiu chegar à terra firme em segurança. A nacionalidade das pessoas não estava disponível de imediato.
O presidente da Comissão Europeia, o Executivo da União Europeia, Jean-Claude Juncker, se reúne neste domingo com líderes de alguns países do bloco para pressionar por uma resposta coordenada ao fluxo de refugiados antes do início do inverno no continente.
Direita vê ação contra militares como “cortina de fumaça”; governistas associam caso a Bolsonaro
O que diz o relatório da PF que levou à prisão de militares por plano de morte de Lula e Moraes
PF diz que Braga Netto foi peça-chave em suposto plano de golpe de Estado
Quem são os secretários escolhidos por Trump para compor o governo dos EUA a partir de 2025