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A eleição mais importante para o kirchnerismo é a de Buenos Aires, onde vive um terço do eleitorado nacional. | MARTIN ACOSTA/REUTERS
A eleição mais importante para o kirchnerismo é a de Buenos Aires, onde vive um terço do eleitorado nacional.| Foto: MARTIN ACOSTA/REUTERS

Os colégios eleitorais foram abertos e os argentinos começaram a votar neste domingo em eleições que marcam o fim de 12 anos do kirchnerismo no país. A expectativa é que mais de 32 milhões de pessoas devem comparecer às urnas, que devem ser fechadas às 18h locais (17h no horário de Brasília). O candidato de Cristina, Daniel Scioli, é apontado nas pesquisas como o favorito, seguido pelos opositores Mauricio Macri e Sergio Massa. No entanto, a possibilidade de esta rodada de votação sair com um presidente eleito ainda é uma incógnita, já que Scioli precisa obter mais de 45% dos votos ou 40% com uma vantagem de 10 pontos sobre o segundo colocado.

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Margarita Stolbizer (Progressistas), Nicolás del Caño (Partido dos Trabalhadores Socialistas) e Adolfo Rodríguez Saá (Compromisso Federal) também estão na disputa. Além do presidente e do vice-presidente, os argentinos devem escolher deputados nacionais e parlamentares para o Mercosul. Onze províncias também definirão governadores e outros cargos, tudo em apenas uma cédula.

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A eleição mais importante para o kirchnerismo é a de Buenos Aires, onde vive um terço do eleitorado nacional. Na província mais importante da Argentina, governada por Scioli desde 2007, a aposta é ter o atual chefe de Gabinete, o polêmico Aníbal Fernández — denunciado recentemente por supostos vínculos com o narcotráfico — como homem forte. Fernández é um dos mais antigos aliados da família Kirchner e sua vitória seria uma ótima notícia para Cristina e o núcleo duro do kirchnerismo.

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Na reta final da campanha, Scioli, Macri e Sergio Massa anteciparam mudanças em matéria econômica. Os três candidatos, Macri com mais ênfase, mostraram-se preocupados com o calote da dívida. Seus economistas de confiança confirmaram que, caso cheguem ao governo, buscarão um acordo com os chamados fundos abutres, que estão litigando contra a Argentina em tribunais americanos. Trata-se de uma iniciativa também defendida pelo principal assessor de Massa — o ex-ministro da Economia do primeiro governo Kirchner, Roberto Lavagna — e que está na contramão do manual de políticas kirchneristas.

A estagnação econômica no país, que junto com regulações governamentais afastaram os investidores, é outra preocupação dos três. Apesar das diferenças ideológicas, os principais candidatos dão sinais que vão combater a escassez de investimentos, controlar a alta inflação e reduzir os níveis de insegurança, mas tentando manter as conquistas sociais.

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