Jornais de oposição italianos criticaram o primeiro-ministro Silvio Berlusconi nesta segunda-feira por ter novamente chamado o presidente norte-americano Barack Obama de "bronzeado", mesmo após a crise política causada com o uso do termo pela primeira vez no ano passado.
Em comício na noite de domingo, Berlusconi disse: "tenho que trazer saudações de um homem, qual é o nome dele, qual é o nome dele --só um minuto, é alguém bronzeado-- Barack Obama".
Berlusconi, então, acrescentou: "vocês não vão acreditar, mas eles foram juntos à praia pegar uma cor, porque até sua mulher é bronzeada".
O premiê retornou da cúpula do G20 em Pittsburgh onde se encontrou com o casal Obama e jornais italianos notaram que ela apenas deu um aperto de mãos a Berlusconi, enquanto cumprimentou com beijos outros líderes.
L'Unita, jornal do principal partido de oposição, o Partido Democrático, publicou os comentários na primeira página com uma foto de Michelle Obama.
"Ele nos faz parecer ridículos diante de todo o mundo", afirmou o jornal, acrescentando que o comentário foi uma "gafe racista". O esquerdista La Repubblica disse que foi um "comentário negligente".
Berlusconi não é estranho a gafes e comentários polêmicos. Em 2003, ele relacionou um membro alemão do Parlamento Europeu a um guarda de um campo nazista e, em 2005, sugeriu ter cortejado a presidente finlandesa, Tarja Halonen, para garantir o apoio à Itália como sede da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar.
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