O líder da coalizão de centro-direita e ex-primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, pediu nesta terça-feira (26) o "sacrifício" da classe política para que o país possa ser governado, durante uma participação por telefone em um programa da emissora local Canale5.

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Essa foi a resposta de Berlusconi à situação de ingovernabilidade gerada depois que nenhum partido conseguiu maioria no Senado nas eleições gerais de domingo e segunda-feira.

"Pelo bem da Itália, todos temos que fazer sacrifícios. Não acho que a Itália não possa ser governada", explicou o ex-premiê, que também não acredita em novas eleições.

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Questionado se estuda possíveis alianças no Senado com a coalizão de centro-esquerda para promover algumas reformas, como a nova lei eleitoral, Berlusconi se limitou a explicar que agora "todos temos que refletir, e isso levará seu tempo".

Para o líder da coalizão de centro-direita, o resultado positivo do pleito é que ficaram fora do Parlamento personagens como Gianfranco Fini, um de seus ex-aliados, e os ex-juízes Antonio Di Pietro e Antonio Ingroia.

O ex-primeiro-ministro, cuja coalizão ficou a 120 mil votos da vitória na Câmara dos Deputados, assegurou que "não conta com elementos para suspeitar de fraudes eleitorais".

No entanto, explicou que Angelino Alfano, secretário-geral do Povo da Liberdade, pediu a recontagem dos votos, já que suas pesquisas lhes atribuíam a maioria na Câmara.

No Senado, a coalizão de Berlusconi obteve 30,7% dos votos, o que representa 117 senadores, enquanto a centro-esquerda somou 31,6% do total, ou seja, 120 cadeiras.

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