Bill Richardson, o primeiro hispânico escolhido pelo presidente eleito dos EUA, Barack Obama, para integrar seu governo, disse que está retirando seu nome da consideração para chefiar o Departamento do Comércio por causa de uma investigação de uma empresa que fez negócios com o Estado que governo, o Novo México.
Em comunicado conjunto, Obama disse que aceitou a desistência do governador do Novo México "com profundo pesar" e acrescentou que agirá rapidamente para encontrar um substituto enquanto se prepara para tomar posse no próximo dia 20.
Richardson disse que pediu que Obama retirasse seu nome do processo de confirmação do Senado com "grande tristeza". "Mas uma investigação pendente sobre uma companhia que fez negócios com o governo do Estado do Novo México promete se estender por várias semanas ou, talvez, meses", disse no comunicado, sem mencionar a empresa.
Segundo The Wall Street Journal, um júri federal está investigando como uma companhia da Califórnia que contribuiu para as atividade políticas de Richardson ganhou um contrato no Novo México.
Há alguns dias, senadores republicanos disseram que não acreditavam que a investigação da CDR Financial Products seria um impedimento para a confirmação de Richardson. Mas a investigação parece estar esquentando. Richardson contratou um advogado no mês passado e, em meados do mês, o júri começou a ouvir várias testemunhas.
O júri investiga como a companhia ganhou mais de US$ 1,5 milhão em consultoria ao Novo México após fazer contribuições para comitê de ação política de Richardson. O objetivo é determinar se o gabinete do governador tinha poderes de decisão sobre a contratação. O foco são os pagamentos à CDR feitos pela Autoridade de Finanças do Novo México em 2004 após a doação de US$ 100 mil aos esforços de Richardson para registrar eleitores. A CDR nega qualquer irregularidade.
Richardson foi secretário de Energia e embaixador junto às Nações Unidas sob o governo do ex-presidente Bill Clinton. Ele rompeu com os Clinton em março quando apoiou Obama durante as primárias. Grupos latinos e empresariais haviam recebido bem a escolha de Richardson por Obama.
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