Londres – O primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, se negou a dizer ontem no Parlamento se enviará mais tropas ao Iraque, como os Estados Unidos pretendem fazer em breve. Em sessão de perguntas na Câmara dos Comuns, Blair negou, no entanto, que um anúncio do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, sobre o envio de reforços ao país entre em conflito com os planos britânicos de retirada gradual de suas tropas. Segundo a Casa Branca, Bush anunciaria ontem à noite um aumento de 20 mil soldados nas tropas americanas no Iraque, como parte de sua nova estratégia.

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O líder trabalhista explicou que a situação em Bagdá, para onde irá o grosso das novas tropas americanas, é muito diferente da de Basra, onde estão os soldados do Reino Unido. Atualmente há cerca de 7.200 soldados britânicos em missão no Iraque. "Há uma operação que está sendo realizada pelos britânicos em Basra há alguns meses e que será encerrada nas próximas semanas", disse Blair. "A operação foi bem-sucedida até agora, e isso permitirá aos iraquianos assumir cada vez maior controle da Polícia e de sua própria segurança em Basra", acrescentou o primeiro-ministro.

"O objetivo do plano americano, e o presidente Bush deve ser quem anunciará isso, é precisamente o mesmo: permitir que os iraquianos possam se tornar responsáveis progressivamente da segurança" do país, afirmou. O líder do Partido Liberal-Democrata, na oposição, Menzies Campbell, criticou Blair por dar como certo que, após a chegada dos reforços americanos a Bagdá, não haveria um deslocamento das atividades terroristas da capital a Basra, algo que, segundo ele, é difícil de prever.

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