Atentados
Bin Laden ameaça França em nova mensagem
O líder da rede terrorista Al-Qaeda, Osama Bin Laden, divulgou nova mensagem, exigindo que a França retire suas tropas do Afeganistão. A mensagem foi revelada ontem pela rede Al-Jazira.
Em reportagem, a emissora afirmou que Bin Laden pediu que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, retire suas tropas de "nossos países", acrescentando que o envolvimento francês implicará um custo para os franceses "dentro da França e fora dela".
Grupos extremistas associados à Al-Qaeda mantêm pelo menos sete reféns franceses, incluindo cinco deles no deserto do Saara e dois no Afeganistão. A Al-Qaeda várias vezes enviou mensagens de áudio à Al-Jazira para que elas fossem divulgadas.
Londres - O ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair voltou a depor ontem e admitiu que ignorou as advertências do procurador-geral do Reino Unido sobre a ilegalidade de invadir o Iraque sem o respaldo expresso da Organização das Nações Unidas (ONU). Ele justificou dizendo que considerava aquele um conselho meramente "provisório".
À comissão que investiga o processo político que levou o Reino Unido a participar da guerra, Blair disse acreditar que o principal advogado do país mudaria eventualmente de opinião.
Em janeiro de 2003, o então procurador-geral do Estado, Peter Goldsmith, advertiu duas vezes Blair de que a resolução 1.441 da ONU não era suficiente para justificar o uso da força contra o Iraque. Em 7 de março, Goldsmith mudou de opinião.
Blair argumentou que, naquele momento, "ainda não tinha pedido formalmente assessoria legal, nem ele [Goldsmith] tinha chegado ao ponto de dá-la". "Por isso mantive minha posição de que não era preciso uma segunda resolução", explicou, na carta.
"Achava que, uma vez conhecido o histórico de negociações britânico, mas sobretudo americano, concluiria que a 1.441 significava precisamente o que dizia: que Saddam [Hussein] tinha uma última oportunidade e que, se não o fizesse [provasse que seu país não armazenava armas nucleares], estaria infringindo as condições, o que por sua vez revivia anteriores resoluções que autorizavam o uso da força", acrescentou.
Na terça-feira passada, Goldsmith disse perante a mesma comissão que o ex-primeiro-ministro o excluiu de deliberações importantes sobre a legalidade da Guerra do Iraque, algo que este admitiu ontem ter feito ao afirmar que poderia tê-lo incluído mais no processo.
Mais do mesmo
O presidente da comissão, John Chilcot, enviou por escrito mais de cem perguntas complementares antes da sessão, que tinha como objetivo, segundo o parlamentar, "esclarecer" as declarações feitas até agora por Blair.
Mas, na metade do interrogatório, exibido ao vivo pelos canais de televisão, o tom pareceu menos inquisitivo e as respostas menos abrasivas do que na polêmica sessão de 29 de janeiro de 2010.
Bastidores
O trabalhista, que governou de 1997 a 2007, não mudou a linha de argumentação e não apresentou elementos novos.
Blair se negou ainda, contra a opinião de Chilcot, a autorizar a publicação de sua correspondência privada com o ex-presidente americano George W. Bush, referente ao período em que os dois teriam decidido por uma "mudança de regime" no Iraque.
A discussão ocorreu durante uma reunião no rancho texano de Bush, em abril de 2002, 11 meses antes da invasão.
Blair afirmou que "as notas ao presidente Bush eram privadas". "Foram redigidas quando queria obter uma mudança ou um ajuste político. São confidenciais", explicou Blair. "E estas notas coincidem essencialmente com as declarações que expressei em público."
Interrogado pelas declarações que são atribuídas a ele, o carismático ex-premier negou ter afirmado ou escrito "George, seja qual for sua decisão, eu o acompanharei".
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