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Nova Constituição

Bolivianos festejam nas ruas convocação para referendo

Seguidores de Evo festejam lei sancionada que convoca referendo | David Mercado / Reuters
Seguidores de Evo festejam lei sancionada que convoca referendo (Foto: David Mercado / Reuters)

O Congresso da Bolívia aprovou nesta terça-feira (21) a convocação para um referendo constitucional no dia 25 de janeiro, decisão que levou o presidente Evo Morales e seus seguidores a festejarem pelas ruas de La Paz.

A lei que convoca o referendo foi sancionada depois de um debate de 18 horas de duração encerrado pelo vice-presidente Álvaro Garcia. Segundo o vice-presidente, o projeto sancionado seria entregue imediatamente a Morales, que esperava pela aprovação na rua, em frente ao Congresso.

Morales, líderes sindicais nacionais e vários ministros cantaram uma canção popular boliviana chamada "Viva minha pátria Bolívia", e depois dançaram na praça central, entre o Congresso e o Palácio do Governo.

"Esta convocação e o projeto da nova Constituição são produtos do esforço dos quatro partidos do Congresso", disse Garcia.

O debate foi concluído sem que todos os parlamentares previstos discursassem e foi seguido pela votação da proposta, enquanto ficava evidente que os manifestantes que acompanhavam Morales do lado de fora da sede do Congresso perdiam a paciência, e renovavam ameaças de tomar a instituição.

Morales, que passou a noite de segunda-feira com milhares de bolivianos em uma vigília a espera da aprovação do referendo constitucional, pediu paciência várias vezes.

"Aguentamos com muita paciência e vamos seguir aguentando pelo povo boliviano", prometeu na madrugada aos companheiros de vigília, muitos deles recém-chegados de uma caminhada de oito dias.

Morales, que construiu sua carreira política com décadas de marchas e bloqueios de estradas, continuava acordado quando foi anunciado que a lei que possibilitará o referendo foi sancionada.

A lei, aprovada como produto de um árduo acordo político, estabelece que no dia 25 de janeiro os bolivianos votem em um referendo sobre a nova carta magna, e em dezembro do ano que vem nas eleições adiantadas.

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