Uma bomba em uma motocicleta explodiu nesta segunda-feira (17) do lado de fora de um templo hindu no centro da capital da Tailândia, matando pelo menos 18 pessoas. De acordo com o Centro de Resgate de Emergência Médica Narinthorn, outras 117 pessoas ficaram feridas
A explosão ocorreu por volta das 19h do horário local (9h, de Brasília), em frente ao santuário Erawan do deus hindu Brahma, visitado por milhares de budistas diariamente, ao redor de hotéis e shoppings luxuosos. Partes do corpo foram encontradas na rua.
Entre os mortos estão uma chinesa e um filipino, disse o chefe de polícia, Somyot Poompummuang. Nenhum grupo reivindicou imediatamente a responsabilidade pela explosão, que causou a pior carnificina na memória recente na capital tailandesa. No entanto, há suspeitas do ato estar ligado com facções políticas rivais.
Pelo menos duas bombas foram encontradas na cena do crime, disse o major Weerachon
Sukhondhapatipak, porta-voz da junta militar da Tailândia, informou que a segunda bomba foi desativada. A primeira bomba foi encontrada em frente ao santuário, enquanto que a segunda bomba foi encontrada dentro do complexo, disse Weerachon. De acordo com a polícia, a bomba foi feita a partir de um tubo enrolado em um pano.
“Nós ainda não sabemos com certeza quem fez isso e o por quê”, disse o vice-primeiro-ministro, Prawit Wongsuwon, a repórteres. “Não temos certeza se o ataque é politicamente motivado, mas eles pretendem prejudicar a nossa economia e nós vamos caçá-los”, acrescentou.
A capital da Tailândia tem permanecido relativamente pacífica desde que um golpe militar derrubou o governo civil liderado por Yingluck Shinawatra, em maio do ano passado, depois de vários meses de violentos protestos políticos contra o governo anterior. No entanto, o país tem enfrentado alguma tensão nos últimos meses depois que a junta governante deixou claro que não poderá realizar eleições até 2017 e que quer uma Constituição que permitirá algum tipo de regra de emergência para tomar o lugar de um governo eleito.
Carros-bomba são quase desconhecidos em Bangcoc, mas têm sido usados no sul da Tailândia, onde uma rebelião separatista muçulmana ocorre há vários anos.
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