Pai segura o filho durante atendimento em um hospital na Faixa de Gaza| Foto: Reuters/Ibraheem Abu Mustafa

Editorial: A paz cada vez mais distante

Falta disposição para a negociação tanto por parte de Israel quanto por parte dos terroristas do Hamas.

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Bombardeios israelenses atingiram nesta quarta-feira (30) uma escola administrada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em um campo de refugiados da Faixa de Gaza, matando pelo menos 19 pessoas e ferindo cerca de outras 125 que se refugiavam lá, disse um funcionário da entidade.

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O sangue se espalhava pelo chão e os colchões dentro das salas de aula enquanto alguns sobreviventes vasculhavam montes de vidros estilhaçados e destroços em busca de corpos para enterrarem.

Uma porta-voz militar israelense em Tel Aviv disse não ter de imediato informações sobre o que aconteceu na escola, que pertence à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (Unrwa).

O diretor da Unrwa, Khalil al-Halabi, disse que cerca de 3.000 palestinos estavam refugiados na escola, no campo de refugiados de Jabaliya, quando ficou sob fogo israelense na madrugada.

Exército israelense ataca 75 posições em Gaza e destrói 3 túneis

Efe

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O Exército israelense atacou cerca de 75 posições em toda a Faixa de Gaza desde a meia-noite de ontem e também destruiu três túneis construídos pelo Hamas, informaram nesta quarta-feira as Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês) em comunicado.

"Desde a meia-noite, as IDF atacaram 75 alvos terroristas na Faixa de Gaza", diz o comunicado, que estimou em 4,1 mil o número de alvos atingidos pelas forças israelenses desde 8 de julho, quando foi iniciada a operação Limite Protetor.

Os ataques da última madrugada causaram pelo menos 31 mortes e mais algumas dezenas de feridos, segundo fontes médicas no território palestino. As fontes detalharam que do total de vítimas, 20 pessoas morreram em um bombardeio de tanques contra uma escola da ONU, um incidente que não foi confirmado pelas IDF.

"A Força Aérea atacou cinco mesquitas que eram utilizadas com objetivos terroristas, como esconder armas, ocultar os acessos aos túneis e que serviam como postos de observação".

"Além disso, o Exército atacou uma instalação utilizada por um militante do alto escalão do Hamas que está a cargo da divisão de (guerra) cibernética", acrescentou a nota.

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Segundo as IDF, 1.566 dos ataques realizados desde 8 de julho foram voltados contra alvos relacionados com o lançamento de foguetes contra Israel, 167 eram oficinas de fabricação e armazéns de armas e 746 serviam como centros de controle e comando.

Sobre os ataques das milícias islamitas, Israel afirmou que dois foguetes e morteiros foram disparados da Faixa de Gaza desde a meia-noite, somando um total de 2.670 desde 8 de julho.

Por outro lado, nas últimas 24 horas as IDF destruíram três túneis que ligavam de Gaza a Israel, um dos principais alvos declarados da ofensiva militar.

Até o momento, Israel encontrou 33 túneis com pelo menos 66 saídas. O Corpo de Engenheiros das IDF tenta destruir todas essas ligações antes que entre em vigor um cessar-fogo.