Tóquio - A agência de segurança nuclear do Japão afirmou ontem que foi interrompida a emissão de fumaça que havia sido observada nos reatores números 2 e 3 da usina Daiichi, em Fukushima, e que os níveis de radiação no local estão estáveis. Mas em outro revés, a operadora da usina, a Tokyo Power Electric Co. (Tepco), disse ter descoberto que algumas das bombas do sistema de resfriamento do reator 2 não funcionam mais o que significa que terão de ser substituídas. Não está claro quanto tempo isso levará.
As causas das emissões de fumaça branca dos reatores 2 e 3 estão sob investigação. Normalmente, quando o sistema de resfriamento do combustível é comprometido, o calor emanado provoca evaporação da água, criando fumaça. Isso aconteceu em vários dos seis reatores de Daiichi.
Na noite de ontem, pelo horário local do Japão, o vice-diretor-geral da Agência de Segurança Nuclear e Industrial do Japão, Hidehiko Nishiyama, disse aos repórteres porquê existe tanta incerteza sobre quando o trabalho será finalizado.
"Nós sofremos um desastre enorme que provocou sérios danos à usina nuclear, isso em uma escala que não era esperada e prevista", disse Nishiyama. Os sistemas de resfriamento dos reatores da usina foram desligados pelo apagão que se seguiu ao terremoto de 9 graus e ao tsunami em 11 de março. Desde então, as condições em Daiichi Fukushima são muito instáveis, com quatro explosões e pelo menos dois incêndios nos reatores.
O novo vazamento de ontem provocou a retirada temporária dos trabalhadores, que só voltaram quando a fumaça deixou de ser expelida do reator 2.
À Kyodo News, o primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, disse que as condições em Daiichi estão melhorando gradualmente e que o governo vai preparar os planos de reconstrução do país.
O minério brasileiro que atraiu investimentos dos chineses e de Elon Musk
Desmonte da Lava Jato no STF favorece anulação de denúncia contra Bolsonaro
Fugiu da aula? Ao contrário do que disse Moraes, Brasil não foi colônia até 1822
Sem tempo e sem popularidade, governo Lula foca em ações visando as eleições de 2026