O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou após uma reunião nesta quarta-feira com executivos da British Petroleum (BP) que a companhia concordou em reservar US$ 20 bilhões para um fundo de indenizações às vítimas do vazamento de óleo do Golfo do México. Ele acrescentou que o fundo pode ser ampliado e que a BP pagará todos os custos relacionados aos danos ambientais.
Obama disse ainda que "a BP é companhia forte e viável" e que interessa aos EUA que ela permaneça assim.
O presidente do conselho da BP, Carl-Henric Svanberg, disse depois do encontro com Obama que a empresa vai cuidar das pessoas no Golfo do México e afirmou que gostaria de se desculpar com aqueles afetados pelo vazamento de óleo.
Obama classificou a reunião como "construtiva" e disse que a BP voluntariamente montará um fundo adicional de US$ 100 milhões para as pessoas que perderam seus empregos em razão da moratória à perfuração de novos poços de petróleo no Golfo do México imposta pelo governo dos EUA. Em seu discurso feito na noite da terça-feira, a partir do Salão Oval da Casa Branca, Obama disse que o fundo teria uma administração independente.
Sem dividendos
A BP anunciou mais tarde que não pagará dividendos a seus acionistas em 2010. A decisão é consequência do acordo fechado com o governo dos Estados Unidos por meio do qual a petrolífera britânica criará um fundo de compensação de US$ 20 bilhões para as vítimas do extenso derramamento de petróleo no Golfo do México.
Segundo comunicado divulgado pela BP logo depois de uma reunião entre Obama e executivos da petrolífera, o conselho de diretores da companhia revisou sua política de dividendos e cancelou o pagamento que seria feito aos acionistas em 21 de junho, referente aos lucros do primeiro trimestre de 2010.
Ainda de acordo com a petrolífera, não serão divulgados números provisórios referentes aos dividendos dos segundo e terceiro trimestres de 2010.
O conselho da BP considerará a retomada do pagamento de dividendos somente em 2011, quando forem anunciados os resultados financeiros referentes ao quarto trimestre de 2010, prossegue a nota.
A expectativa da empresa é de que, no início do próximo ano, seja possível ter uma ideia mais clara do impacto de longo prazo do derramamento de petróleo no Golfo do México que começou em abril e tornou-se o que se considera o pior desastre ambiental da história dos Estados Unidos.