Promotor alemão estuda abrir ação por espionagem
As relações entre a Alemanha e os EUA poderão enfrentar outro teste, à medida que um promotor público federal alemão considera abrir medidas legais contra Washington por espionar o telefone celular da chanceler Angela Merkel, segundo reportagem publicada pela revista Der Spiegel.
O governo brasileiro considerou "um primeiro passo" a decisão do governo norte-americano de promover mudanças na Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos. Em nota divulgada neste domingo (19) no Blog do Planalto, o porta-voz da Presidência da República, Thomas Traumann, disse que o governo "irá acompanhar com extrema atenção os desdobramentos práticos do discurso" do presidente Barack Obama.
Além disso, o governo brasileiro disse, através do porta-voz, que irá acompanhar os desdobramentos do anúncio de Obama. "É um primeiro passo. O governo brasileiro irá acompanhar com extrema atenção os desdobramentos práticos do discurso", disse Traumann.
Obama anunciou as mudanças na atuação da NSA na última sexta-feira (17). Em discurso, ele disse que o país não irá mais espionar rotineiramente as nações aliadas e as comunicações de seus líderes. O presidente americano disse ainda já ter repassado a ordem aos serviços de informação para que isso não volte a ocorrer "a menos que a segurança nacional esteja ameaçada".
Por vários momentos no discurso, Obama disse que os países amigos podem confiar. Porém, disse que o país e não irá se desculpar por fazer "o que serviços de inteligência de qualquer outra nação faz". "Nós não vamos nos desculpar simplesmente porque nossos serviços podem ser mais eficazes. Mas chefes de Estado e governo com quem trabalhamos, e de cuja cooperação dependemos, podem se sentir confiantes de que estamos tratando-os como verdadeiros parceiros".
Os Estados Unidos enfrentaram uma crise diplomática com diversos países aliados depois que o ex-técnico de informática da NSA Edward Snowden vazou documentos sobre a espionagem norte-americana. Os documentos apontaram que líderes mundiais foram monitorados, como a presidenta Dilma Rousseff e a chanceler alemã Angela Merkel.
Depois do escândalo, Brasil e Alemanha cobraram explicações de Obama e apresentaram, em conjunto, um projeto de resolução na Organização das Nações Unidas (ONU) chamado O Direito à Privacidade na Era Digital. A Assembleia Geral da ONU aprovou a resolução em dezembro.
Visita cancelada
As revelações de Snowden fizeram Dilma cancelar a visita de Estado que faria a Washington em outubro. Após o episódio, a presidente acabou escolhendo comprar caças da Suécia, em detrimento da oferta da norte-americana Boeing, considerada uma das favoritas - a francesa Dassault também estava na disputa.
Durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro, a presidente fez um duro discurso com críticas à espionagem norte-americana, classificando-a como "violação de direitos humanos". "Jamais pode uma soberania firmar-se em detrimento de outra soberania. Jamais pode o direito à segurança dos cidadãos de um país ser garantido mediante a violação de direitos humanos e civis fundamentais dos cidadãos de outro país", afirmou Dilma, na época.
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