O governo brasileiro condenou nesta quarta-feira (14) a onda de violência no Egito na repressão aos apoiadores do presidente deposto Mouhamed Mursi. Pelo menos 278 pessoas morreram e 2 mil ficaram feridas nos confrontos no Cairo, capital do país, e em outras cidades egípcias, depois da ação policial contra os acampamentos dos defensores de Mursi. Por causa da onda de violência, o governo decretou estado de emergência.
Em nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, o governo brasileiro avalia que a escalada de violência do país representa "séria degradação da situação de segurança em um país-chave para a estabilidade da região". Segundo o Itamaraty, a Embaixada do Brasil no Cairo "está atenta à situação da comunidade brasileira no Egito e alerta para a insegurança no país".
O texto cita as posições da Organização das Nações Unidas (ONU), do Conselho de Paz e da Segurança da União Africana de reprimenda aos conflitos e defesa do diálogo para solucionar os conflitos no Egito.
"O governo brasileiro condena a brutalidade da repressão no Egito e conclama ao diálogo e à conciliação para que as justas aspirações da população egípcia por liberdade, democracia e prosperidade, expressadas na Revolução de 25 de janeiro, possam ser alcançadas sem violência, com respeito aos direitos humanos e com o retorno à plena vigência da ordem democrática", diz o texto.
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