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As autoridades do Egito declararam nesta quarta-feira (14) toque de recolher por tempo indefinido das 19h até às 6h locais (das 14h até às 1h de Brasília) em doze das vinte e sete províncias do país, entre elas Cairo e Giza, segundo a televisão estatal.

Um porta-voz do Conselho de Ministros explicou que a decisão de impor o toque de recolher foi do primeiro-ministro egípcio, Hazem el Beblaui.

O governo fez este anúncio após a presidência decretar estado de emergência em todo o país durante um mês a partir das 16h locais (11h de Brasília) de hoje em função dos distúrbios das últimas horas.

O estado de emergência permaneceu em vigor no Egito como desculpa para a luta contra o terrorismo de 1981 até maio de 2012, quando a junta militar que governou o país da queda do regime de Hosni Mubarak até a ascensão de Mohammed Mursi ao poder, em junho do ano passado, decidiu não renová-lo.

O Ministério da Saúde confirmou um número crescente de mortos e feridos em choques em distintas partes do Egito.

Os distúrbios se estenderam por diversas províncias, depois que a polícia iniciou hoje o desmantelamento dos acampamentos de protesto dos partidários de Mursi nas praças cairotas de Rabea al Aduiya e Nahda.

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