La Paz (Reuters) O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, manifestou sua simpatia pela possível chegada ao poder na Bolívia do líder cocaleiro Evo Morales, mas isso não significa que o Brasil deva continuar investindo pesadamente no gás natural boliviano, afirmaram analistas. A estatal brasileira Petrobrás é a principal companhia petrolífera na Bolívia, responsável por quase todos os US$ 850 milhões que o país andino exporta em recursos energéticos, o equivalente a 10%de seu Produto Interno Bruto (PIB). Desde 1995, a Petrobrás investiu US$ 1 bilhão na Bolívia.
A Bolívia é responsável pela produção de quase metade do consumo diário de gás natural no Brasil 60 milhões de metros cúbicos.
Para os próximos cinco anos, a empresa deve manter apenas os investimentos necessários para continuar operando devido à incerteza jurídica no país. "A Petrobrás redirecionou seus planos de investimento e a Bolívia não é mais uma prioridade. A questão boliviana perdeu muita importância desde 2003", afirmou Sergio Conti, analista do setor de petróleo e gás da consultoria Tendências, em São Paulo.
Nesse ano, começaram os sangrentos protestos populares pela nacionalização dos recursos petrolíferos bolivianos, que derrubaram dois presidentes e instalaram um clima hostil às empresas estrangeiras do setor na Bolívia. Para acabar com a onda de protestos sociais, o Congresso boliviano aprovou em maio uma lei que eleva os impostos às empresas petrolíferas e obriga a renegociar os atuais contratos de concessão ampliando o controle do Estado sobre a exploração de petróleo de seus derivados.
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