O Brasil, os EUA e mais 14 países das Américas disseram neste sábado (14) que a eleição presidencial da Venezuela não terá legitimidade nem credibilidade se não for um processo justo, democrático e sem presos políticos.
A declaração é feita em paralelo à Cúpula das Américas, em Lima, onde o grupo não conseguiu aprovar uma nota de repúdio ao pleito devido à oposição dos aliados do regime de Nicolás Maduro, como Bolívia, Cuba e Nicarágua.
No texto, os países reiteraram o apoio à Assembleia Nacional, dominada pela oposição e cujos poderes foram retirados pela Assembleia Constituinte chavista, e o pedido para que a ditadura permita a entrada de ajuda humanitária.
Exortamos aos órgãos especializados, agências, fundos e programas do sistema das Nações Unidas e da OEA a implementar de maneira imediata um programa de assistência humanitária para aliviar a situação de sofrimento e escassez de que padece o povo na Venezuela.
Aos mesmos organismos internacionais também pediram apoio para lidar com o fluxo de imigrantes venezuelanos que deixou o país nos últimos meses devido à crise, dirigindo-se principalmente a Colômbia e Brasil.
O documento foi assinado pelo presidente Michel Temer, pelo vice-presidente americano, Mike Pence, e pelos chefes de Estado e de governo de Argentina, Bahamas, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia.
Destes, EUA, Bahamas e Santa Lúcia não fazem parte do chamado Grupo de Lima, de países das Américas que não reconhecem a instalação da Assembleia Constituinte, convocada por Maduro e composta integralmente por seus aliados.