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Oriente Médio

Brasil poderia fazer mais pelo Líbano se tivesse assento no Conselho de Segurança da ONU, afirma Amorim

O chanceler Celso Amorim lamentou, nesta quarta-feira, durante audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado, que o Brasil tenha poucos instrumentos para ajudar na resolução dos conflitos no Líbano, especialmente o fato de não ter um assento no Conselho de Segurança da ONU, uma das reivindicações constantes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo Amorim, o governo tem grande interesse no assunto, em grande parte, devido ao expressivo número de brasileiros que vivem no país.

- Temos conversado com autoridades de diversos países e gostaríamos de participar mais - disse o chanceler.

Para Amorim, a situação no Líbano não deve apresentar melhora num futuro próximo.

- Não há perspectiva de melhora imediata - disse.

Ele defendeu a proposta de resolução feita pela França que prevê três pontos para solução do conflito: cessação imediata das hostilidades; cessar-fogo duradouro (o que exige acordo político entre Hezbollah e Israel); e aprovação de uma força de paz das Nações Unidas.

- A força de paz não pode preceder o cessar-fogo - disse.

De acordo com o chanceler, 2.250 brasileiros já saíram do Líbano até o momento. O chanceler destacou a importância da ajuda que vem sendo dada pelas companhias aéreas, como TAM e Gol, para retirada de brasileiros da região do conflito, mas fez uma ressalva:

- As empresas continuam dispostas a fazer as viagens, desde que o combustível seja fornecido. Estamos conversando sobre o assunto com a Petrobras - disse.

Segundo Amorim, o esforço feito pelo Itamaraty para a solução do problema terá impacto no Orçamento.

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