O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu colega norte-americano Barack Obama são os líderes mais bem avaliados na América Latina, enquanto o ex-líder cubano Fidel Castro e o venezuelano Hugo Chávez são os mais mal avaliados, revelou na sexta-feira uma pesquisa da Latinobarómetro.

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Em uma escala em que os melhores recebiam qualificação 10 e os piores, zero, Lula e Obama empataram com 6,3 de média na avaliação dos líderes da região, seguidos pelo rei Juan Carlos 1 da Espanha, com 5,8.

Mais abaixo ficaram Mauricio Funes, presidente de El Salvador; o primeiro-ministro espanhol José Luis Rodríguez Zapatero e o presidente mexicano Felipe Calderón, com avaliação 5,6 cada.

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Quando a pergunta é sobre qual o país é líder da região, o Brasil, assim como em anos anteriores, se sobressai sobre os restantes, com 19%, seguido pelos Estados Unidos e a Venezuela, ambos com 9 por cento.

"O país líder na região é, novamente e sem dúvida, o Brasil. Sua imagem como país e a imagem de seu presidente são as melhores da região. O Brasil alcança os Estados Unidos e seu presidente como líder e se converte em líder da população da América Latina, mais além de sua liderança internacional," diz a pesquisa.

A Latinobarómetro, uma ONG com sede em Santiago, explicou que a pesquisa foi feita com 20.204 entrevistados, entre 4 de setembro e 6 de outubro, com amostras representativas de 100% da população em 18 países da região.

Democracia na região

A pesquisa destacou que os países da região se avaliam bem, em comparação com a avaliação mais crítica feita do estado da democracia em outras partes do mundo.

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Os países da região ficaram com "nota" média de 6,5 em uma escala de 0 a 10, na qual Cuba figura como o país menos democrático, com 3,5.

"Cuba foi claramente castigada, triplicou a porcentagem dos que acham que o país não é democrático," disse a Latinobarómetro. "Interpretamos isso como consequência dos problemas de direitos humanos ocorridos em 2010."

Quanto ao embargo que afeta a ilha, 64% da região concordam com Cuba e desejam o fim da medida. Apenas 10% dos entrevistados disseram ser a favor da manutenção do embargo dos Estados Unidos.

A criminalidade aparece como uma das principais ameaças à democracia e um dos maiores problemas citados nas respostas espontâneas dos latino-americanos.

O estudo destacou ainda que um dos principais problemas da América Latina é a "desigualdade." A região tem a pior distribuição de riqueza, comparada com outras regiões do mundo.

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É no Brasil e no Uruguai que se registram as opiniões mais favoráveis sobre o estado atual da economia: 38 e 36% dos entrevistados, respectivamente, disseram que a situação econômica de seu país é muito boa ou boa.

Em contraste, há cinco países em que essa percepção favorável fica em porcentagens menores de 10 por cento: Nicarágua (9 por cento), El Salvador (9), México (8), República Dominicana (7) e Guatemala (5).