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A brasileira Paula Oliveira foi atacada por três homens: ferimentos com objetos cortantes | Reprodução/Álbum de família
A brasileira Paula Oliveira foi atacada por três homens: ferimentos com objetos cortantes| Foto: Reprodução/Álbum de família

Confira a entrevista da cônsul-geral do Brasil em Zurique

Sigla marcada em brasileira faz alusão a partido xenófobo

Segundo a cônsul-geral do Brasil em Zurique, Vitoria Cleaver, a sigla SVP, que foi marcada na pele da advogada brasileira Paula Oliveira, de 26 anos, durante agressão na Suíça, se refere a um dos principais partidos políticos suíços. Leia a matéria completa

  • Cortes que Paula sofreu na barriga, com a sigla
  • Cortes nas pernas da vítima

A advogada brasileira Paula Oliveira, de 26 anos, foi agredida por três homens brancos, com cabelo raspados, na noite desta segunda-feira (9) em Dubendorf, cidade que fica perto de Zurique. Grávida de gêmeos havia três meses, ela acabou perdendo as crianças e sofreu cortes em todas as partes do corpo.

Segundo relatos que fez para o pai, ela havia acabado de sair do trem e ia em direção para a casa onde reside com o companheiro, Marco Trepp, quando, segundo ela, foi surpreendida por três homens, aparentemente neonazistas. "Deram socos, chutaram e a cortaram com estiletes no corpo inteiro", afirmou Paulo Oliveira por telefone, de Zurique. "Eles tinham suásticas na cabeça", informou ele.

Paulo Oliveira, que é secretário parlamentar, foi avisado por ela, por telefone, sobre o ocorrido na madrugada de terça-feira (10), pelo horário de Brasília. Em seguida, avisou ao deputado federal Roberto Magalhães (DEM-PE), para quem trabalha, e pegou o primeiro voo em direção a Zurique, juntamente com a mãe de Paula, Geni.

Nesta quarta-feira, Paula foi encaminhada ao Hospital da Universidade de Zurique. "Ela foi chamada para tomar vacinas antivirais. Como foi ferida por objetos cortantes, os estiletes poderiam estar contaminadas com hepatite ou outra doença", disse ele.

O pai da vítima contou ainda que a polícia ainda não procurou a filha para obter mais detalhes do ataque. "Aparentaram nenhum interesse. Aparentemente estão trabalhando sem nos dar informação", afirmou. "Mas neste momento a prioridade é cuidar da minha filha. Ela está em estado de choque", completou.

Segundo a cônsul-geral do Brasil em Zurique, Victoria Beaver, em entrevista à Globo News, a polícia ainda não tem pistas sobre os agressores. Ela informou que o consulado está em contato com a polícia para se informar sobre o caso.

Paula e os pais devem voltar para Recife em uma semana. "Depois eu não sei, não quero fazer conjecturas. Ela trabalha para uma empresa aqui e precisa ver o que a empresa vai querer. Não sabe ainda se voltará para Zurique", disse.

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