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Casal estava em lua-de-mel | Reprodução TV Globo
Casal estava em lua-de-mel| Foto: Reprodução TV Globo

Rondinaldo Gomes Silva, irmão do brasileiro que morreu no acidente desta quarta-feira (20) no aeroporto de Barajas, foi desaconselhado pelos médicos espanhóis a ver o corpo de Ronaldo Gomes Silva no necrotério improvisado num centro de convenções ao norte de Madri. O reconhecimento do corpo será feito por exame de DNA e de arcada dentária.

Em entrevista ao G1, Rondinaldo contou que encontrou no centro de convenções a família da cunhada, Yanina Celis Dibowsky, que também foi ao local para reconhecer o corpo da espanhola. "Ainda não sei quanto tempo vou ficar aqui em Madri. Preciso esperar o resultado dos testes de DNA e arcada dentária e fazer todo o procedimento para levar o corpo para o Brasil", disse Rodinaldo, que está tendo as despesas de transporte e hospedagem pagas pela companhia Spanair. Rondinaldo chegou por volta das 19h (horário local, 15h de Brasília) desta quinta-feira (21) ao aeroporto de Barajas em Madri, o mesmo em que seu irmão e outras 152 pessoas morreram após o acidente aéreo com um avião da Spanair.

Em entrevista ao G1 assim que chegou a Madri, Rondinaldo contou que só soube da morte do irmão na manhã desta quinta quando recebeu um telefonema de uma ex-namorada que mora atualmente na Espanha. "Um amigo meu de São Paulo entrou em contato com ela pelo Orkut e ela me telefonou para dar a notícia", disse.

Por volta das 20h, Rondinaldo ainda aguardava numa sala do aeroporto enquanto a companhia aérea organizava sua ida ao local onde reconheceria o corpo do irmão e da cunhada. Rondinaldo estava acompanhado da brasileira Mônica Farias, que mora em Madri e que fez o contato entre a companhia aérea e a família do brasileiro.

"Eu considero o Ronaldo mais que um irmão. Eu era irmão e pai dele. Ele sempre me acompanhou para todos os lugares onde fui. Um ano depois que fui pra Londres, ele foi também", contou Rodinaldo.

Rondinaldo tem 29 anos, dois a mais que o irmão, e trabalha de dia na construção civil e à noite na mesma pizzaria em que Ronaldo trabalhava. Ele acompanhou o início do namoro do casal que morreu no acidente e conta que os dois eram muito apaixonados.

"Eles se conheceram quando ela trabalhava numa sorveteria que fica perto da pizzaria em que trabalhamos. Ronaldo me contava que queria formar uma família com Yanina. Ele me disse que se acontecesse alguma coisa ruim, preferia ir junto com ela", afirma.

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