Terremoto de 7 graus de magnitude no Haiti deixou muitos prédios destruídos| Foto: Carlos Barria/Reuters
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O cenário na capital do Haiti, Porto Príncipe, é de guerra, de acordo com o ativista da organização não governamental (ONG) Viva Rio, Flávio Soares. Em entrevista agência portuguesa Lusa, Soares disse que a cidade está devastada, um caos.

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Ele e mais 15 pessoas, entre integrantes da ONG e pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), estão abrigados em uma casa do Viva Rio sem poder sair.

Está um caos. Muitos prédios desmoronaram, tem muita gente disputando comida, os mercados fecharam, muitas pessoas estão nas ruas, feridas, pessoas mortas sendo carregadas. A população precisa de ajuda urgente, há pessoas ainda vivas sob escombros, uma tristeza só, descreveu.

O brasileiro relatou ainda que o risco de saques é iminente. O clima é de insegurança. Temos luz e conseguimos comprar água, mas estamos sem telefone e tentando comprar comida. Não temos uma grande quantidade de mantimentos, afirmou.

Soares disse que ainda não conseguiu contato com a embaixada brasileira que também foi atingida no terremoto. Estamos tentando entrar em contato com alguém da embaixada para avisar que estamos aqui e para ter alguma orientação. Pelo que parece, as tropas ainda não estão nas ruas, relatou.

O brasileiro coordena um projeto de capoeira com jovens haitianos e disse não ter tido notícias de nenhum de seus alunos. Mesmo com a tragédia, Flávio Soares disse que vai ficar no Haiti e não pretende voltar ao Brasil.

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Não podemos abandonar as pessoas no momento em que elas mais precisam. Mais que comida e água, elas necessitam de solidariedade, que olhemos nos olhos delas e demonstremos que estamos juntos, que lutamos juntos, declarou.

Desde 2007, o Viva Rio atua no Haiti em projetos integrados de segurança e desenvolvimento para a redução da violência e de desmobilização de grupos armados na capital, Porto Príncipe.