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Tailândia

Brasileiro perdeu viagem de férias e está há quatro dias "preso" em Bangcoc

Turistas que estão presos no terminal de aeroporto de Bagcoc aguardam para fazer o check-in | Adrees Latif / Reuters
Turistas que estão presos no terminal de aeroporto de Bagcoc aguardam para fazer o check-in (Foto: Adrees Latif / Reuters)

O brasileiro Leandro Carvalho, de 29 anos, perdeu sua viagem de férias pela Europa e está há quatro dias preso em Bangcoc devido aos protestos de manifestantes antigoverno que tomaram, desde o dia 26, dois aeroportos da Tailândia.Carvalho, que trabalha como programador em uma empresa na Nova Zelândia há quase dois anos, passaria suas férias em Londres e Amsterdã e estava com a passagem marcada para dia 27 de novembro.

"Já foi difícil chegar no aeroporto. Não achava taxi para me levar", contou ele, em entrevista ao G1, por telefone de um quarto de hotel em Bangcoc.

O brasileiro relatou que ao chegar viu uma multidão protestando e uma fila de turistas. "Minha sorte foi que logo entrei na fila. O governo organizou ônibus para quem viajaria voltar à cidade. Todos os custos são bancados por eles. Só consegui remarcar minha passagem para o dia 7."

A embaixada do Brasil em Bangcoc recomendou ‘extrema cautela’ aos brasileiros que estão na Tailândia e que não conseguem deixar o país. Carvalho disse que no hotel há um posto de informações do governo e que a cidade está tranqüila. "Os taxistas pedem desculpas, dizem que aquilo não tem relação com a gente, que é coisa de quem é contra o governo. Muitos deles, os que fazem a linha do aeroporto, estão tendo que mudar de cidade e temem perder o emprego."

Em sua página na internet, a embaixada faz a recomendação aos brasileiros no momento em que forem se deslocar. "É importante evitar espaços públicos" e fica próximo de multidões, diz em nota.

No total, há 52 brasileiros em Bangcoc e eles já pedem ajuda para conseguir deixar o país e voltar para o Brasil

Na mesma nota, avisa que "são fortemente desaconselhadas viagens" para as províncias de Yala, Pattani, Narathiwat e Songkhla, no sul da Tailândia. "Em razão de atentados terroristas, que têm sido limitados às referidas províncias", afirma a embaixada.

A embaixada diz ainda que a Autoridade de Turismo da Tailândia irá pagar a hospedagem a todos os estrangeiros que não podem sair do país por conta das manifestações (clique aqui para ler a íntegra da nota).

Os manifestantes, acampados desde agosto no palácio do governo, invadiram esta semana o Aeroporto Internacional Suvarnabhumi e o antigo terminal aéreo de Don Muang, com o objetivo de forçar a renúncia do primeiro-ministro da Tailândia, Somchai Wongsawat, e de seu gabinete.

Neste domingo (30), os manifestantes mantiveram a ocupação dos dois aeroportos de Bangcoc, apesar de outra advertência da polícia e da explosão de uma granada que deixou 52 feridos no palácio do governo.

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