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O vice-representante da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, o brasileiro Luiz Carlos da Costa, é um dos muitos funcionários da entidade desaparecidos desde ontem (12), quando um terremoto abalou a capital do país caribenho, Porto Príncipe. Outro desaparecido é o chefe da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), Hédi Annabi.

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Segundo a assessoria da entidade no Brasil, quando a terra começou a tremer, próximo ao fim da tarde de ontem, Costa e Annabi participavam de uma reunião na sede da entidade, que funcionava em um hotel. O prédio desabou soterrando vários funcionários.

Segundo homem da ONU no país, Costa é responsável por coordenar as atividades civis da missão de paz. Durante entrevista coletiva, hoje (13), o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, lamentou o desaparecimento de Costa e das demais vítimas.

"É uma dor compartilhada. O número dois da chefia da representação civil continua desaparecido. Oficialmente, ele está desaparecido, assim como o chefe da representação, Annabi."

Em substiuição a Annabi, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, vai nomear Edmond Mulet, que já atuou no país caribenho em nome das Nações Unidas.

Ban Ki-Moon mencionou a indicação durante conversa com o ministro Amorim. "A ONU está providenciando o envio de um alto funcionário que atuará como chefe interino", afirmou o chanceler.

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A Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti (Minustah) estava instalada em um antigo hotel. O local fica em uma área nobre de Porto Príncipe no alto de uma montanha.

De acordo com informações, a maioria dos 9 mil soldados e policiais, sob comando do Brasil, estava em outro lugar no momento do terremoto que atingiu 7 pontos da escala Richter e ocorreu por volta das 17h (hora local). Em seguida houve vários outros abalos, de menor intensidade. Cerca de 22 quilômetros foram atingidos. Edifícios públicos, hospitais, escolas e muitas casas ficaram destruídas.