Entre as situações já apuradas, uma das mais complicadas diz respeito aos estudantes que foram cursar medicina em Cuba. À época do presidente Fernando Henrique Cardoso, o governo federal incentivou até mesmo com a concessão de bolsas de estudos que brasileiros fossem estudar na ilha de Fidel. Atravésde parcerias estabelecidas com o governo cubano, muitos foram os estudantes que abraçaram a ideia de fazer o curso naquele que era considerado um dos países com a medicina mais avançada do mundo.
Propaganda enganosa ou não, o problema do envio de estudantes a Cuba só veio à tona quando os formados voltaram ao Brasil. Os conselhos de medicina e as universidades brasileiras, por sua vez, não aceitaram a equivalência dos diplomas. Sem a convalidação, nenhum deles pôde exercer a profissão. O caso continua sem solução, pelo menos por enquanto.
Projeto
Gustavo Balduino, secretário executivo da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais do Ensino Superior (Andifes), diz que já há um projeto de lei em tramitação no Congresso nacional que prevê o reconhecimento automático dos diplomas de medicina de alunos graduados em Cuba. "A decisão beneficiará a muitos estudantes que se encontram nessa situação e se mostra útil a todos, mas principalmente aos próximos candidatos", avalia.
Em relação a outros países ou áreas de interesse, Balduino alerta que é essencial que o candidato se informe sobre o procedimento da convalidação do diploma no Brasil. Só assim ele poderá atuar legalmente no país após o seu retorno.