O presidente dos EUA, George W. Bush, disse na terça-feira que não pretende tomar novas medidas para limitar as emissões de gases-estufa, apontados por cientistas como responsáveis pelo aquecimento global, apesar da decisão da Suprema Corte pela qual a Agência de Proteção Ambiental do país tem a obrigação de regulamentar esse tipo de emissão.
Bush preferiu reforçar sua proposta de que os carros usem mais combustíveis de fontes renováveis e limpas, como o etanol, ou álcool, e reafirmou sua posição de que não faz sentido os EUA tomarem medidas se a China e a Índia também não o fizerem.
- Minha atitude foi a de definir um plano que vai afetar os gases-estufa que vêm de automóveis - disse Bush. - Em outras palavras, há uma solução disponível para o congresso. E espero que eles aprovem essa solução logo.
Na segunda-feira, a Suprema Corte dos EUA decidiu que a Agência de Proteção Ambiental tem de reconsiderar sua recusa, definida em 2003, de regulamentar as emissoes de dióxido de carbono por carros e caminhões novos.
O maior efeito do veredicto pode ser sobre o Congresso norte-americano, que está analisando projetos de leis para impor pela primeira vez limitações às emissoes de dióxido de carbono pelo país.
A presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, quer reduzir as emissões americanas pela metade até 2050. Os EUA são os maiores emissores mundiais de gases-estufa, e os automóveis e caminhões representam cerca de um quarto do total. A solução proposta por Bush é o aumento de cinco vezes mais no uso de combustíveis limpos até 2017.