O presidente George W. Bush disse nesta segunda-feira (13) que Moscou não terá a confiança da comunidade internacional a não ser que respeite a soberania e a integridade territorial de seus vizinhos.
Falando no jardim da Casa Branca, ao lado do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, Bush reafirmou o apoio dos Estados Unidos à integridade territorial da Geórgia, depois da guerra contra Moscou, em agosto. Bush também manifestou seu apoio a outros países preocupados com a agressão russa.
Meses de discordância levaram a uma guerra em agosto, quando a Geórgia tentou retomar à força a região separatista de Ossétia do Sul, que é pró-Rússia e se separou de Tbilisi em 1991. A situação despertou uma reação da Rússia, que expulsou os tanques e tropas georgianos da região.
O Exército russo disse que seu objetivo era evitar mais ataques georgianos. Mas o Ocidente acusa a Rússia de ter dado uma "resposta desproporcional" às ações da Geórgia na Ossétia do Sul.
"Nós apoiamos firmemente a democracia, a soberania e a integridade territorial da Geórgia", disse Bush. "Os Estados Unidos e a União Européia concordam que o território da Geórgia inclua as regiões de Ossétia do Sul e Abkházia".
"Para conquistar o respeito da comunidade internacional, a Rússia deve respeitar a soberania e o território de seus vizinhos. A Rússia deve aceitar as responsabilidades e as obrigações da liderança internacional", acrescentou o presidente.
Bush disse que a Itália e os Estados Unidos estão tomando atitudes para atender às necessidades humanitárias dos georgianos que tiveram de abandonar suas casas por causa da guerra.
Já o presidente da França, Nicolas Sarkozy, que ocupa a Presidência da União Européia, negociou um acordo de cessar-fogo entre a Rússia e a Geórgia - acordo que estabeleceu a retirada das forças russas, que devem retornar às mesmas posições em que estavam antes do conflito. Moscou ainda mantém uma força de paz na Ossétia do Sul.
O acordo de cessar-fogo não estabeleceu o status das regiões separatistas no longo prazo. Moscou reconheceu as duas províncias como independentes e prometeu protegê-las. Mas Tbilisi insiste que a Rússia deve retirar-se também destas regiões.
As negociações internacionais sobre o futuro da Abkházia e da Ossétia do Sul devem começar em Genebra, nesta quarta-feira (15).