A Casa Branca e os democratas tentavam na quarta-feira pôr um fim ao impasse na aprovação da medida para o financiamento da guerra no Iraque. Os democratas incluíram na legislação um cronograma para a retirada das tropas, mas o presidente George W. Bush vetou o projeto de lei na terça-feira.
O veto de Bush provocou reações irritadas nos líderes democratas do Congresso, que juraram continuar lutando contra o compromisso indefinido assumido pelo presidente, na opinião deles, com o Iraque.
Líderes republicanos e democratas do Congresso preparavam-se para se reunir com Bush na tarde de quarta-feira, e a Casa Branca já esperava uma negociação prolongada. "Pode levar algum tempo", disse o porta-voz Tony Snow.
A Câmara dos Deputados, controlada pelos democratas, planejava derrubar o veto de Bush, mas parlamentares duvidavam que eles consigam obter a maioria de dois terços necessária para tal.
Numa mensagem por escrito para o Capitólio e em um discurso, Bush disse que barrou a lei porque ela permitiria aos políticos "controlar os comandantes no campo de batalha".
Ele também afirmou que o projeto de lei foi considerado inconstitucional porque tentava "dirigir a condução das operações de guerra de uma forma que infringe os poderes atribuídos à presidência pela Constituição, entre eles o de comandante-em-chefe das Forças Armadas."
Bush disse que já está na hora de chegar a um acordo para dar aos soldados dos EUA o dinheiro e a flexibilidade de que eles precisam para fazer seu trabalho.
"Mesmo que vocês achem que foi um erro invadir o Iraque, seria um erro muito maior sair agora", disse Bush num discurso. "Não há saída fácil. A saída fácil seria a saída errada."
Já prevendo que não conseguirão derrubar o veto, líderes congressistas trabalham em outras abordagens para conseguir que Bush aprove as condições ao financiamento. Entre as idéias que circulam no Capitólio está a criação de "marcos" para medir o progresso do governo iraquiano na estabilização do país.
"Acho que vamos esperar para ver o que acontece hoje na Casa Branca", disse o líder da maioria no Senado, o senador Harry Reid, de Nevada. "A bola está com o presidente. Ele tem de apresentar alguma coisa que seja satisfatória para os democratas e para um número significativo de republicanos. Tem de haver alguma mudança de direção nessa guerra", disse Reid.
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