O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, foi ao Iraque, numa visita-surpresa, nesta terça-feira, para se encontrar com o primeiro-ministro Nouri al-Maliki e discutir com ele os próximos passos na complicada guerra contra o terror, que já dura três anos. A previsão é a de que ele ficaria pouco mais de cinco horas em Bagdá.
A visita aconteceu depois da reunião do conselho de guerra, prevista para durar dois dias, que foi iniciada na terça-feira nos Estados Unidos. Foi a segunda viagem em menos de três anos. A primeira se deu no fim de 2003, ano da invasão que derrubou o ditador Saddam Hussein.
Os repórteres que cobrem a Casa Branca tiveram de formalmente jurar segredo, por questão de segurança.
Bush pousou no aeroporto internacional de Bagdá por volta das 9h (horário de Brasília). Dali, seguiu de helicóptero para a Zona Internacional, antiga Zona Verde, a mais segura da capital iraquiana. É lá que moram e trabalham as autoridades americanas. Trata-se da área em que ficava a maioria dos palácios de Saddam Hussein.
O vôo durou cerca de seis minutos e foi considerado pela segurança presidencial o trecho mais crítico da viagem.
A viagem acontece no mesmo dia em que duas pesquisas demonstram que os Estados Unidos estão divididos quanto aos resultados da ocupação do Iraque até agora. Pesquisa da rede de TV CBS mostra desempenho ruim do presidente. Já a pesquisa do jornal "USA Today" e do instituto Gallup mostra o contrário: metade dos americanos acha que os Estados Unidos vão ganhar a guerra.
Nesta terça-feira foi anunciado que 40 mil soldados vão realizar, a partir de quarta-feira, uma vasta operação de segurança na capital iraquiana.