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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pressionou na segunda-feira a Rússia a suspender a ação militar na Geórgia, alertando que uma "dramática e brutal escalada" nessa ofensiva poderia ameaçar as relações de Moscou com o Ocidente.
"A Rússia invadiu um Estado soberano vizinho e ameaça um governo democraticamente eleito por sua gente. Tal ação é inaceitável no século 21", disse Bush a jornalistas na Casa Branca.
A crise começou na quinta-feira, quando a Geórgia enviou tropas para retomar o controle da república separatista da Ossétia do Sul, que desde a década de 1990 tem autonomia sob proteção russa. Moscou reagiu enviando tropas para dentro da Geórgia.
Recém-chegado da Olimpíada de Pequim, Bush citou relatos de que as tropas russas não estariam se limitando a proteger a Ossétia do Sul.
"Estou profundamente preocupado com relatos de que as tropas russas avançaram para além da zona de conflito, atacaram a cidade georgiana de Gori e estão ameaçando a capital da Geórgia, Tbilisi."
"Há sinais de que as forças russas podem em breve começar a bombardear o aeroporto civil da capital. Se esses relatos forem corretos, tais ações russas representariam uma dramática e brutal escalada do conflito na Geórgia", acrescentou.
Bush disse que a continuidade do conflito seria "inconsistente com as garantias que recebemos da Rússia de que seus objetivos se limitam a restaurar o status quo (prévio aos combates)."
De acordo com Bush, o governo pró-ocidental da Geórgia já aceitou alguns elementos de um acordo de paz que anteriormente a Rússia também dizia aceitar: cessar-fogo imediato, retirada das forças da zona de conflito, retorno à posição militar prévia a 6 de agosto e compromisso de evitar o uso da força.
"O governo da Rússia deve respeitar a integridade territorial e a soberania da Geórgia. O governo russo deve reverter a rota em que parece estar e deve aceitar este acordo de paz como primeiro passo para a resolução do conflito", disse Bush.
"As ações da Rússia nesta semana despertaram sérias dúvidas sobre suas intenções na Geórgia e na região. Essas ações afetaram substancialmente a posição russa no mundo. E essas ações ameaçam as relações com os Estados Unidos e a Europa. É hora de a Rússia ser fiel a sua palavra e agir para acabar com esta crise."