O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, reiterou nesta quinta-feira a necessidade de se adotar uma posição conjunta frente à crise causada pelo lançamento de mísseis norte-coreanos, a qual deve ser solucionada pela via diplomática.

CARREGANDO :)

- Quanto mais trabalharmos juntos, mais isolado ficará (o líder norte coreano) Kim Jong Il, e menor será sua ameaça - disse Bush na Casa Branca, após reunir-se com o primeiro-ministro canadense, Stephen Harper.

Bush ressaltou a necessidade de que sejam retomadas as conversas multilaterais entre China, Japão, Rússia, Estados Unidos e as duas Coréias, interrompidas desde novembro de 2005.

Publicidade

- Temos que enviar uma mensagem clara e comum - disse o presidente, que disse ter mantido contato com os governantes destes países nos últimos dias, com exceção de Jong Il.

Bush conversou nesta quinta-feira com os líderes da China, Hu Jintao, e Rússia, Vladimir Putin, e na quarta-feira com o presidente da Coréia do Sul, Roh Moo-hyun, e o primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi.

A opção militar não foi abordada nas conversas que o presidente dos Estados Unidos manteve com todos eles.

- Minha mensagem foi de que desejamos resolver este problema diplomaticamente, e a melhor forma de fazê-lo é trabalhando de maneira conjunta - disse o presidente americano.

Bush afirmou que a mensagem de todas estas nações a Kim Jong II é: "Esperamos que respeite as normas internacionais, e que mantenha sua palavra".

Publicidade

- Enviamos uma mensagem comum de que não será recompensado por ignorar o mundo; pelo contrário, isto só o tornará mais isolado - acrescentou Bush.

O presidente americano afirmou que é preciso acreditar na diplomacia como forma de resolver a crise provocada pelo lançamento de mísseis pela Coréia do Norte. Ele admitiu, no entanto, que este pode ser um caminho "demorado".

- Não sabemos o que havia nos mísseis, nem para onde se destinavam - disse ele sobre o lançamento de pelo menos sete mísseis pela Coréia do Norte.

A Coréia do Norte é um país muito fechado, "mas sabemos que possui muitos campos de concentração, e que há muitas pessoas famintas".

Harper, por sua vez, qualificou o lançamento como uma "provocação", e disse que a Coréia do Norte é uma "ameaça".

Publicidade

- Se a Coréia do Norte estiver pronta para atacar aos EUA, isso também representa uma ameaça para o Canadá - afirmou.

A Coréia do Norte afirmou nesta quinta-feira que o lançamento dos mísseis teve "êxito", e que pretende realizar testes semelhantes. O país ameaçou empregar "medidas contundentes" contra aqueles que pretendam pressionar o regime comunista.

O Ministério de Assuntos Exteriores norte-coreano reconheceu pela primeira vez, em comunicado divulgado hoje, o lançamento dos mísseis, e explicou que os testes fazem parte das manobras de "rotina", destinadas a aumentar seu poderio militar, segundo a Agência Central de Notícias da Coréia do Norte (KCNA).

Veja também
  • Sanções à Coréia do Norte são contraproducentes, diz Rússia
  • Japão faz resolução da ONU que condena Coréia do Norte
  • Japão, EUA e Grã-Bretanha propõem sanções contra Coréia do Norte
  • Rússia pede cautela em ação da ONU sobre Coréia do Norte