Washington O presidente George W. Bush demonstrou "preocupação" ontem com as suspeitas de massacre de civis cometidos por fuzileiros em Haditha, no Iraque. Ele admitiu a possibilidade de ter ocorrido uma matança sem justificativa ao assegurar que os culpados serão punidos.
"Estou preocupado com as primeiras informações", disse o presidente numa primeira reação ao caso Haditha. A imprensa norte-americana apurou que os iraquianos podem ter sido assassinados pelos fuzileiros em represália à morte de um colega.
"Aqueles que violaram a lei, se é que a lei foi violada, serão punidos", prometeu Bush diante da imprensa, na Casa Branca, depois de se reunir com o colega de Ruanda, Paul Kagame. Bush lembrou que "investigações profundas" conduzidas pelos militares estavam em curso.
A preocupação de Bush é interpretada como uma demonstração de que o caso não trata apenas da morte de civis, mas ameaça o próprio governo norte-americano, constantemente questionado por causa da persistência da violência e da instabilidade no Iraque três anos depois da invasão do país árabe.
O próprio Pentágono estimou ontem que essas acusações, "sejam ou não verificadas pelos fatos, poderiam ter um efeito sobre a capacidade das forças norte-americanas continuarem operando" no Iraque.