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O presidente dos EUA, George W. Bush, disse nesta quinta-feira que seu país não pratica tortura e defendeu os esforços de seu governo para impedir o Congresso de impor regras de tratamento dos suspeitos de terrorismo.

Bush não confirmou a existência de prisões secretas da CIA, relatada na semana passada pelo jornal "The Washington Post" e não abordou pedidos do Comitê Internacional da Cruz Vermelha de acesso a suspeitos que estariam nessas prisões.

- Estamos descobrindo os terroristas e os levando à justiça - disse Bush, num pronunciamento no Panamá, sua ultima escala no giro pela América Latina. - Estamos reunindo informações sobre onde os terroristas podem estar se escondendo. Estamos tentando frustrar seus complôs e planos. Tudo que fazemos para isso nesse esforço, qualquer atividade que conduzimos, é dentro da lei.

O vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, está encabeçando um esforço no Capitólio para isentar a CIA de uma emenda do senador republicano John McCain, do Arizona, que proibira a tortura e o tratamento desumano de prisioneiros.

A isenção cobriria prisões secretas que, segundo o "Post", estão em operação em várias democracias do Leste Europeu e em outros países onde são mantidos importantes membros da Al-Qaeda detidos.

- Não torturamos e, por isso, estamos trabalhando com o Congresso para assegurar que, enquanto avançamos, tornemos possível fazer nosso trabalho.

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