O presidente dos EUA, George W. Bush, deve manter quase todo o efetivo norte-americano no Iraque até o final do seu mandato, em 20 de janeiro. O anúncio deve ser feito nesta terça-feira (9) em discurso.
Bush deve anunciar a retirada de apenas cerca de 8 mil soldados em fevereiro de 2009. Ele também deve aumentar o efetivo no Afeganistão, onde a violência aumentou nos últimos meses.
"Em novembro, vamos trazer para casa um batalhão da Marinha que está servindo na província de Anbar, vai dizer Bush em fala na Universidade de Defesa Nacional. "E, em fevereiro de 2009, outra brigada de combate do Exército vai voltar para casa."
Ele vai dizer que um batalhão da Marinha que deveria ir para o Iraque em novembro vai, em vez disso, ser mandado para o Afeganistão. Em janeiro, uma brigada do Exército deve se juntar a ela.
Atualmente, existem 146 mil militares dos EUA no Iraque e 33 mil no Afeganistão.
Na quinta-feira passada (4), a Casa Branca anunciou que Bush estava "considerando as opções" sobre o destino das tropas americanas no Iraque, depois de receber as recomendações de seu comandante-em-chefe, general David Petraeus.
Bush enfrenta o apelo de líderes iraquianos, que reivindicam uma data exata para a retirada das tropas americanas, o que Bush vem descrevendo, há tempos, como receita para uma derrota catastrófica.
O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, diz que o acordo está praticamente concluído e insiste em que as forças estrangeiras devem deixar o país até 2011.
O tema de uma possível retirada das tropas americanas do Iraque está na pauta, a poucos meses das eleições presidenciais de 4 de novembro e em meio a uma guerra muito impopular que alimenta a esperança democrata de chegar à Casa Branca.
A redução do contingente no Iraque deve ser acompanhada do envio, no início de 2009, de mais 4.500 soldados para o Afeganistão.
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